Nos últimos anos, o tratamento de varizes e vasinhos evoluiu de forma significativa, deixando para trás a necessidade de procedimentos complexos, internações e longos períodos de recuperação. Atualmente, a área da angiologia e cirurgia vascular vem priorizando cada vez mais a chamada Fleboestética, uma abordagem moderna e minimamente invasiva, que permite tratar essas condições de forma segura e confortável, melhorando a circulação sanguínea e a aparência das pernas com procedimentos realizados em consultório.
Para abordar o assunto, o Mania de Saúde ouviu a médica angiologista e cirurgiã vascular Dra. Paloma Miguel. Com vasta experiência na área, ela explica como a Fleboestética aprimorou o tratamento de varizes e vasinhos, trazendo maior comodidade ao público em geral. “A Fleboestética tem ganhado cada vez mais destaque na angiologia, trazendo soluções avançadas para os pacientes. Nos últimos 15 anos, houve uma evolução muito grande no tratamento venoso, buscando oferecer um atendimento de maior qualidade. Afinal, estamos lidando com uma doença crônica – varizes não têm cura, mas podem ser controladas. Por isso, a especialidade vem priorizando técnicas mais modernas, realizadas em consultório, que geram maior conforto ao paciente e possibilitam uma recuperação muito mais rápida”, disse.
Um exemplo desse avanço, segundo Dra. Paloma, é o uso do laser, que combate varizes sem grandes complicações. “Como profissionais da angiologia, estudamos o laser há mais de 10 anos, só que, agora, ele vem apresentando uma evolução notável. Atualmente, dispomos de aparelhos específicos, que utilizam o laser para tratar as varizes com excelente resposta, sem deixar manchas ou hematomas. Além disso, utilizamos o Ultrassom com Doppler e o aparelho de Realidade Aumentada, que visualiza toda a parte interna da veia, tornando o tratamento ainda mais específico. É uma abordagem realmente inovadora para homens e mulheres interessados em tratar varizes e vasinhos com praticidade e segurança”, informou.
Outro dado que favoreceu o avanço da Fleboestética, como lembra Dra. Paloma, foi a pandemia de Covid-19, quando os profissionais da área tiveram que se especializar ainda mais nesse tipo de atuação. “A pandemia limitou nossa presença em centros cirúrgicos e estimulou a busca por novas abordagens. Esses aparelhos foram desenvolvidos para atender a essa demanda, permitindo tratar cerca de 98% dos casos no consultório, sem a necessidade de ações mais invasivas”, diz Dra. Paloma, que montou uma suíte vascular em seu consultório para melhor atender aos pacientes. “Em nossa suíte vascular, dispomos de um grande arsenal tecnológico para atender cada queixa do paciente sem que ele precise interromper suas atividades. Ele resolve tudo no próprio consultório, fazendo o controle das varizes com total segurança”.
Dra. Paloma adverte, no entanto, que esses tratamentos não têm como foco apenas a beleza das pernas, mas também a saúde venosa como um todo. “Para muitas pessoas, o termo Fleboestética pode remeter à ideia de melhorar a aparência das pernas, mas ele vai muito além. Até porque as varizes não se restringem à estética. Muitas vezes, elas causam dor, prurido e coceira, podendo levar ao desenvolvimento de eczema ou até mesmo feridas. O eczema, por sua vez, pode evoluir para uma erisipela, causando uma infecção. Além disso, há a lipodermatoesclerose, uma condição em que o sangue se retém nas pernas, fazendo com que a pele fique rígida e endurecida, podendo também evoluir para uma ferida ou algo mais grave. É importante, então, tratar as varizes não só pela estética, mas principalmente pela saúde do paciente, garantindo uma vida mais leve e sem limitações”.