O Ministério da Educação (MEC) está preparando um projeto de lei que visa proibir o uso de celulares em escolas públicas e privadas no Brasil. A medida surge em resposta ao crescente debate sobre o impacto negativo dos smartphones no ambiente escolar, especialmente em termos de distração e comprometimento do rendimento acadêmico dos estudantes.
Estudos recentes, como os conduzidos pela Unesco, apontam que o uso excessivo de aparelhos eletrônicos nas escolas está relacionado a dificuldades de aprendizado, além de efeitos prejudiciais à saúde mental dos alunos. Países como França, Finlândia e Canadá já adotaram políticas semelhantes, limitando ou proibindo o uso de celulares nas instituições de ensino para promover um ambiente mais focado no desenvolvimento cognitivo e social dos jovens.
Embora algumas cidades brasileiras, como o Rio de Janeiro, já tenham implementado regras locais para restringir o uso dos dispositivos em escolas, ainda não existe uma regulamentação federal. O projeto do MEC tem o objetivo de padronizar essa prática em nível nacional, oferecendo segurança jurídica para as redes de ensino implementarem as ações necessárias para controlar o uso de celulares nas salas de aula.
A justificativa central do projeto de lei é que os celulares, embora úteis para fins educacionais, muitas vezes se tornam uma fonte de distração e prejudicam a interação social entre os alunos. A proposta também busca mitigar problemas associados ao uso excessivo de telas, como ansiedade, falta de foco e problemas de saúde mental, especialmente entre adolescentes, que já são considerados o grupo mais vulnerável ao impacto das redes sociais e aplicativos de entmento.
O ministro da Educação, Camilo Santana, destacou que a medida segue recomendações internacionais, como as da Unesco, que sugerem o banimento dos aparelhos em ambientes escolares para melhorar o desempenho acadêmico e o bem-estar dos alunos. Entretanto, críticos da proposta afirmam que o uso responsável de celulares pode ser uma ferramenta educacional valiosa. Professores que utilizam a tecnologia para enriquecer suas aulas argumentam que, no lugar de uma proibição total, o foco deveria ser em programas de conscientização e em regras que orientem o uso saudável dos dispositivos nas escolas. Eles alertam que, com uma supervisão adequada, os celulares podem servir como instrumentos para acessar conteúdos interativos, rearetenilizar pesquisas e desenvolver habilidades digitais, que são essenciais no mundo contemporâneo.
E você? É contra ou a favor dos celulares nas escolas?