Você provavelmente já deve ter ouvido falar do quanto o aleitamento materno é importante para garantir um melhor desenvolvimento ao bebê. Mas sabia que amamentar também pode ter um impacto altamente relevante para a saúde da mulher como um todo? Pois é. Um estudo publicado recentemente pela revista Cancer Medicine revelou, por exemplo, que a probabilidade de desenvolver câncer de mama pode diminuir em 4,3% para cada 12 meses de aleitamento materno.
Além disso, mulheres que desenvolveram o câncer de mama e passaram por cirurgia apresentam um risco cerca de três vezes menor de morrer da doença se tiverem amamentado por mais de 6 meses, em comparação com aquelas que amamentaram por menos de 6 meses, segundo informa o Departamento Científico de Aleitamento Materno da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). Dessa forma, a amamentação não só ajuda a prevenir o câncer de mama, como também melhora a sobrevida das mulheres que desenvolvem essa condição.
Ainda segundo a entidade, mulheres que amamentam têm menor risco de desenvolver câncer de endométrio (revestimento interno do útero) e de ovário, principalmente se a amamentação for prolongada. Estudos mostram que, para cada mês a mais de amamentação, somando-se o aleitamento materno de todos os filhos, o risco cai 2% para cada ano de amamentação, só para o câncer de ovário. Outro benefício diz respeito ao diabetes tipo 2, já que o risco de desenvolver a doença é menor nas mulheres que amamentam. Os pesquisadores estimam uma redução de 9% para cada ano de amamentação, conforme alertou a SBP.
Os impactos, contudo, não dizem respeito apenas a essas patologias. Há também diversos benefícios a curto prazo. Um estudo demonstrou que as mulheres portadoras de enxaqueca antes da gestação, se praticarem o aleitamento materno exclusivo, têm menor chance de retorno das crises tanto na avaliação aos 7 dias, como aos 30 dias após o parto. Outra vantagem para as mães é o fato de que a amamentação acelera a perda da gordura acumulada no organismo durante a gestação, além de contribuir para fortalecer os laços emocionais com a criança, beneficiando assim o lado emocional e psicológico.
Em caso de dúvidas quanto ao aleitamento materno, uma simples consulta com o pediatra a partir da 32ª semana de gestação, conforme recomenda a SBP, pode esclarecer a respeito da pega e posições adequadas para amamentar, livre demanda, o que fazer se a mama estiver muito cheia, como prevenir rachaduras e dor nas mamadas. Assim, com conhecimento e empoderada, a mãe pode tomar decisões baseadas na boa informação a respeito da amamentação e, durante as consultas de rotina, a partir do 5º dia de vida do bebê, esclarecer dúvidas e estabelecer uma parceria com o pediatra, profissional fundamental no acompanhamento da saúde da criança. Pratique esse cuidado!