Os carros esportivos são muito desejados por aqueles que amam velocidade e design, graças à sua combinação de desempenho, estética e tecnologia. No entanto, a popularização desses veículos no mundo só ocorreu após um longo processo, especialmente impulsionado pelo fenômeno da globalização.
Nós, brasileiros, somos apaixonados por carros e, por muito tempo, ficávamos admirando-os apenas pelas telas. Proibidas desde 1976, com o argumento de proteger a indústria nacional, as importações de automóveis foram liberadas pelo governo Collor no dia 9 de maio de 1990. Essa medida, que permitiu a entrada de veículos estrangeiros no mercado brasileiro, foi um marco na indústria automobilística nacional, embora tenha enfrentado resistência e gerado polêmicas. A abertura permitiu a entrada de carros de diversas marcas e modelos, antes indisponíveis no mercado brasileiro. A presença de carros importados ajudou a mudar a percepção do consumidor brasileiro sobre qualidade, tecnologia e design automotivo, forçando as montadoras nacionais a modernizarem seus produtos e processos.
Mas o que avaliar, então, na hora de escolher um carro esportivo? Quais itens devem ser observados pelo consumidor? Quem nos ajuda a responder essas perguntas é o empresário Wanderson Peixoto, da 900 HP, representante Michelin na região.
Desempenho e Potência: “A potência do motor, o tempo de aceleração de 0 a 100 km/h e a velocidade máxima. Esses números indicam o quão rápido e ágil o carro pode ser. Considere também a experiência de condução geral, incluindo a resposta do acelerador e a estabilidade em curvas, para garantir uma performance de alto nível”.
Design: “O design não é apenas sobre estética nesse caso, mas também sobre a funcionalidade aerodinâmica. Linhas arrojadas e formas esculpidas ajudam a melhorar o desempenho e a eficiência. Detalhes como o acabamento interno, os materiais utilizados e a ergonomia também contribuem para uma experiência mais satisfatória”.
Tecnologia: “A tecnologia embarcada em um carro esportivo pode melhorar significativamente a experiência de condução. Assistentes de condução, conectividade e integração com smartphones são alguns dos recursos a serem considerados. Nos últimos anos, o aumento no volume de vendas de veículos esportivos tem sido considerável – e uma marca tem sido a queridinha. As vendas da Porsche no Brasil cresceram no último ano 60%, enquanto no mundo apenas 3%. No Brasil, ela vende mais que a Mercedes. Nos EUA, a Mercedes vende 350.000 carros contra 75.000 Porsches. No Brasil, são 5.200 Porsches contra 4.000 Mercedes. Ano passado foram 435 por mês, agora 524 por mês, se continuar nesse ritmo fechará 2025 com 6.000 unidades vendidas, número próximo ao da Audi, que atua num mercado menos exclusivo. No Brasil, o ranking está assim: o Porsche 911 é o mais vendido (expectativa de fechar o ano com 1700 unidades vendidas, número próximo ao do VW Jeta) seguido do Porsche 718 boxster e em 3º lugar fica o Ford Mustang. Com a mudança de cenário, as oficinas devem estar alinhadas para atender a toda essa demanda, que vem crescendo a cada ano. Nós, da 900HP, seu espaço Michelin e BF Goodrich em Campos, estamos com pessoal e equipamentos atualizados, prontos para atender essas máquinas”.