É muito comum ouvirmos que dor no peito “são gases”, mas até que ponto isso é verdade? O que causa aumento e sensação de inchaço? Que hábitos evitar? Tem tratamento? Para responder a essas perguntas, conversamos com a médica gastroenterologista Dra. Karla Glaysia Azeredo Lourenço.
De acordo com a médica, inchaço e distensão abdominal são dois dos sintomas gastrointestinais mais comuns, acometendo cerca de 30 a 40% da população geral. “São sintomas frequentes e que prejudicam a qualidade de vida das pessoas que sofrem com essas queixas. O excesso de gases leva a uma distensão e sensação de inchaço que, através da inervação dos órgãos digestivos, podem causar dor. Existem várias causas responsáveis por esses sintomas, tais quais: medicamentos, alimentos, má digestão, intolerâncias alimentares, aumento da sensibilidade, constipação ou prisão de ventre, supercrescimento bacteriano do intestino delgado (SIBO), alteração na motilidade da parede do estômago ou intestino, disbiose intestinal ou alteração na população de bactérias que habitam o intestino, distúrbios do aparelho digestivo como síndrome do intestino irritável, dispepsia funcional, parasitoses intestinais, excesso de fungos no intestino e outros”, disse.

Dra. Karla Glaysia Azeredo Lourenço
Dra. Karla lembra, no entanto, que a medicina vem evoluindo muito em relação ao entendimento de aspectos relacionados aos mecanismos que desencadeiam o inchaço abdominal. “Além disso, novos exames diagnósticos podem ajudar na descoberta da causa desse sintoma. Diante de tantas possibilidades diagnósticas para explicar essa queixa tão desconfortável, é fundamental passar por uma avaliação médica especializada para fazer o diagnóstico correto e, consequentemente, o tratamento assertivo”.