A chave para envelhecer com saúde

Rachel TA saúde da mulher nunca esteve tão em evidência como na atualidade. Com o acesso à informação e o avanço da medicina, que favorecem cada vez mais a longevidade, o público feminino passou a ter um outro olhar sobre o autocuidado, deixando de negligenciar sintomas que, no fundo, sempre exigiram atenção.

Para auxiliar nesse processo, a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), o Feito Para Ela, o Departamento de Cardiologia da Mulher da Sociedade Brasileira de Cardiologia (DCM/SBC) e a Sociedade Interamericana de Cardiologia (SIAC) lançaram um manual sobre a saúde cardiovascular no climatério e na menopausa, a fim de conscientizar as mulheres quanto aos cuidados necessários ao longo desse período.

Com uma linguagem simples e acessível, o manual elaborado pela entidade traz informações baseadas em evidências científicas, listando 20 questões que ajudam as mulheres a compreenderem melhor os desafios do climatério e da menopausa. O tema, inclusive, vem se tornando uma preocupação das autoridades de saúde, especialmente pelo fenômeno do envelhecimento populacional. Basta citar que, até 2030, teremos 1 bilhão de mulheres com sintomas da menopausa em todo o mundo, como alerta a Organização Mundial da Saúde (OMS).
A menopausa, para quem não sabe, é um marco importante na vida da mulher, representando o fim da menstruação e do período reprodutivo. Mesmo antes de chegar a esse estágio, no entanto, a mulher começa a vivenciar os sintomas do climatério, que tem início por volta dos 40 anos e se estende até os 65 anos, durante o qual a mulher passa por uma série de mudanças físicas e hormonais que podem afetar a saúde cardiovascular, óssea e metabólica, exigindo cuidados redobrados com a saúde.

A chave para 
envelhecer com saúde
Justamente por isso, a Febrasgo não se limitou a divulgar o manual sobre o climatério e a menopausa: a entidade também ressaltou, em todos os seus canais na internet, a necessidade de as mulheres fazerem o acompanhamento médico regular com um profissional de confiança, além de adotarem um estilo de vida saudável, com alimentação equilibrada, prática de atividades físicas e controle do estresse.

“Com a chegada do climatério e da menopausa, o organismo feminino passa por inúmeras mudanças, especialmente pela queda na produção de hormônios. Isso pode aumentar o risco de várias condições de saúde, incluindo doenças cardiovasculares e perda de massa óssea, o que pode levar à osteoporose”, revelou, ao Mania de Saúde, a médica ginecologista e obstetra Dra. Rachel Tavares. “Por isso é tão importante que a mulher dê seguimento à sua rotina médica, realizando uma abordagem preventiva para resguardar a saúde”, acrescentou.

Nessa fase, segundo Dra. Rachel, também podem surgir problemas como ressecamento vaginal, incontinência urinária, prurido vaginal, entre outros. A longo prazo, ainda há o risco de problemas neurodegenerativos, como a doença de Alzheimer, reforçando a importância de acompanhamento profissional. “Muitas vezes, a mulher sente essas mudanças e pode confundir com sintomas de depressão ou ansiedade, quando, na verdade, está lidando com os efeitos da menopausa. Daí a importância de fazer um acompanhamento médico regular, pois há várias formas de melhorar a qualidade de vida nessa fase. Um exemplo é a ginecologia endócrina, que avalia os aspectos hormonais de forma integral, sem se limitar a um único problema ou órgão específico, proporcionando às mulheres um maior bem-estar”, concluiu.

Para acessar a “Diretriz sobre a Saúde Cardiovascular no Climatério e na Menopausa”, elaborada pela Febrasgo, basta apontar a câmera do seu smartphone para o QR code impresso nesta página ou acessar o site da entidade em https://www.febrasgo.org.br/. Cuide-se!