Médica explica como o acolhimento é importante para pacientes oncológicos
Lidar com o câncer é um dos momentos mais difíceis na vida de uma pessoa. Desde o início do diagnóstico e durante todo o tratamento, os pacientes vivenciam uma enxurrada de emoções: medo, ansiedade, estresse, esperança. Além dos sintomas físicos, o tratamento do câncer tem impactos emocionais, sociais e espirituais significativos. Nesse contexto, a humanização do atendimento surge como abordagem fundamental para acolher os pacientes e seus familiares nessa jornada, transcendendo o campo da medicina e valorizando a integralidade de cada ser humano.
Nossa reportagem conversou com a médica Dra. Maria Fernanda Fernandes Duarte Costa, geriatra e paliativista, da Clínica Santa Maria, referência em tratamento oncológico na cidade. Ela reforça a importância da humanização no atendimento ao paciente como ferramenta de tratamento. “Pesquisas comprovam que o tratamento humanizado tem um impacto positivo na jornada do paciente. O acolhimento empático pode reduzir a ansiedade e aumentar a adesão ao tratamento, melhorando não só a qualidade de vida, mas também trazendo melhores resultados clínicos. Na oncologia, precisamos criar um ambiente de segurança, confiança e respeito, para que os pacientes se sintam ouvidos e compreendidos. Para atingir este objetivo, é interessante envolver as famílias, que também sofrem com esse processo, oferecendo orientações e apoio emocional. A participação da família é importante para fortalecer a rede de apoio do paciente”, ressalta Dra. Maria Fernanda.
Outro fator crucial, segundo ela, é a comunicação. “Explicar cada etapa do tratamento de forma clara e gentil, responder às perguntas e fornecer informações claras com empatia e esperança são parte importante do cuidado humanizado. Os pacientes precisam sentir que estão no controle de suas jornadas e que as suas decisões são respeitadas. O trato humanizado é um poderoso lembrete de que, mesmo nos momentos mais difíceis, o carinho, o respeito e a empatia podem fazer uma diferença transformadora na vida de quem está lidando com o câncer”.