O que nos chama a atenção na pele madura? Rugas? Linhas de expressão? Flacidez corporal e no rosto ou as indesejáveis manchas senis? Se desejamos envelhecer de forma mais saudável, tais características não precisam ser nosso cartão de visitas.

É o que afirma Dra. Ângela Amaral, enfermeira e responsável pela loja Só Pele. “Somos, na maturidade, reflexo dos bons e maus hábitos que adotamos ao longo da vida e certamente os maus cobram de forma bastante cruel, não só no aspecto estético, mas na qualidade de vida, especialmente quando começamos a apresentar lesões em decorrência da fragilidade capilar e o aparecimento das skin tears. As causas são multifatoriais, como alimentação, horas de exposição solar sem filtros de proteção com fator ou uso em quantidade e frequência inadequados, vida sedentária, abuso de bebidas alcoólicas e tabagismo. Esses hábitos contribuem para o envelhecimento precoce da pele, pois a perda de colágeno e elastina é muito maior. Logo, o inverso é totalmente real, pois quem manteve hábitos saudáveis como a prática de esportes, alimentação balanceada, uso de filtros solares e ingestão hídrica em volumes indicados (para sua capacidade renal e cardíaca) terá como retorno uma pele muito mais saudável”, disse Dra. Ângela.

Segundo ela, as mulheres ainda têm um fator extremamente relevante, o hormonal, que não deve ser ignorado. “Infelizmente, a falta de informação faz com que a grande maioria não procure suas ginecologistas para que seja orientada sobre o melhor protocolo – e, assim, muitas mulheres entram na terceira idade com diversas carências que poderiam ter sido evitadas se houvesse uma condução adequada do caso. O decréscimo da produção de estrogênio e progesterona (hormônios) vai ser responsável também pela diminuição de fibras de colágeno e elastina, deixando a pele mais fina, frágil e ressecada. Estudos mostram que as mudanças nos níveis de estrogênio estão associadas à ‘percepção do envelhecimento’. Em geral, os estrógenos não só melhoram o conteúdo e a qualidade do colágeno, mas também aumentam a espessura e a vascularização dérmica, melhoram a migração de queratinócitos e, em consequência, aceleram o processo de cicatrização de feridas”, ressalta Dra. Ângela. “O tratamento de feridas, inclusive, precisa ser visto de forma holística, pois tem causas multifatoriais e, sendo assim, necessita também de um olhar multidisciplinar. Uma mulher 50+ precisa de acompanhamento de um especialista que consiga identificar e redirecionar quando necessário para acompanhamento também especializado.