Trombose – Está na hora de evitar esse perigo

Trombose - Está na hora de evitar esse perigoTodo mundo já ouviu falar em trombose. Mas quantos, de fato, sabem como o problema se manifesta? Pois é. Foi pensando nesse público que o dia 13 de outubro ficou conhecido como o Dia Mundial de Conscientização e Combate à Trombose, data estabelecida pela Sociedade Internacional de Trombose e Hemostasia para alertar sobre os riscos e formas de prevenção da doença, que ataca principalmente as veias das pernas (Trombose Venosa Profunda) e os pulmões (embolia pulmonar).

Segundo o Ministério da Saúde, a trombose é decorrente da formação de coágulos em lugares em que não houve sangramento, sendo caracterizada pela formação ou desenvolvimento de um coágulo sanguíneo (trombo) responsável por causar inflamação na parede do vaso. Em geral, os trombos se formam nos membros inferiores e, como sua estrutura é sólida e amolecida, um fragmento pode desprender-se e seguir o trajeto da circulação venosa que retorna aos pulmões para o sangue ser oxigenado. Nos pulmões, conforme o tamanho do trombo, pode ocorrer um entupimento, a embolia pulmonar, uma complicação grave, que pode causar morte súbita.

Os dados também são alarmantes. De acordo com a Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV), com base no Datasus, do Ministério da Saúde, no Brasil, 113 pessoas por dia, em média, são internadas na rede pública para o tratamento de trombose venosa. Além disso, a doença é silenciosa e com difícil diagnóstico clínico, ocasionando 180 mil novos casos por ano.

Já as causas são variadas e podem envolver a imobilidade provocada por prolongadas internações hospitalares, dificuldade de movimentação durante viagens longas em aviões e ônibus, terapia de reposição hormonal, uso de anticoncepcionais, varizes, cirurgias, tabagismo, além de traumas que possam obstruir as veias, como acidentes automobilísticos, entre outros fatores. Mas um dos aspectos que também causam grande preocupação quando se fala em trombose é a sua relação com as gestantes.

Segundo a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia – Febrasgo, a gravidez eleva em 5 vezes o risco de trombose, devido ao aumento dos hormônios, fatores de coagulação e compressão pelo útero das veias das pernas. “Vale ressaltar que as infecções graves, como pneumonias e infecções urinárias graves (pielonefrites) podem aumentar o risco de trombose, principalmente na gravidez”, afirmou a ginecologista Dra. Venina Isabel de Barros, presidente da Comissão Nacional Especializada em Tromboembolismo Venoso da Febrasgo. Além disso, segundo ela, o risco de trombose aumenta 30 vezes no pós-parto, exigindo que as mulheres estejam cientes do problema. Para tanto, a Febrasgo disponibiliza de forma gratuita o Manual de Prevenção da Trombose na Hospitalização de Gestantes. Todos os ginecologistas podem acessar e calcular o risco de trombose de suas gestantes. Mais informações no portal da entidade, em www.febrasgo.org.br. Visite!