2020 nas escolas particulares

Bruno Lannes de Aguiar Pacheco, assessor jurídico do SINEPE

Vários setores da economia foram afetados em 2020 pela pandemia do novo coronavírus, mas as escolas se destacam. De uma hora para a outra, professores, diretores, equipe pedagógica e demais funcionários se viram dentro de casa, tendo que preparar aulas de maneira remota. Isso também provocou mudanças nos alunos e na família, trazendo uma nova forma de ensinar e aprender.
Nossa reportagem procurou o Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino Fundamental e Médio de Campos dos Goytacazes, (SINEPE / Campos dos Goytacazes), para avaliar como este ano mudou a rotina das escolas e quais são as perspectivas para 2021. Quem nos recebeu foi o assessor jurídico do SINEPE, Bruno de Aguiar Pacheco. Ele confirma que foi um ano difícil, mas os desafios foram superados. “Lá no começo, pensamos que 2020 poderia ser um ano que marcaria um retorno positivo até financeiramente, pois passamos por uma crise econômica em nossa região nos últimos anos e isso afeta as escolas particulares. Só para citar, tivemos as dificuldades financeiras do estado do Rio de Janeiro, que veio junto com a crise no mercado de petróleo, afetando muito a nossa região. E aí veio essa situação de calamidade pública com a pandemia, trazendo uma nova realidade para as escolas. No entanto, com todas essas dificuldades que afetaram as escolas e as famílias, é importante ressaltar a resiliência e a adaptação das escolas particulares a este cenário. Com a participação de professores, equipe pedagógica, funcionários e direção, que foram fundamentais para essa adaptação. A educação é a base de tudo, um dos segmentos mais importantes do país”.
Sobre a perspectiva para 2021, Bruno acredita que será difícil, mas as escolas já estão se preparando. “Será também um ano de superação de dificuldades. A gente sabe que não vai retornar à normalidade rapidamente. Isso só vai acontecer quando houver uma vacina eficaz para combater essa pandemia. As escolas já estão ou se adaptando ou já adaptadas para seguir os protocolos de segurança e receber os alunos com a máxima segurança, assim que isso for permitido pelos órgãos governamentais. Nós estamos em constante diálogo com as autoridades públicas municipais, com o Ministério Público, buscando quando isso poderá ocorrer com segurança. Acreditamos que isso ocorrerá de forma gradativa, inclusive para atender às crianças que não estão conseguindo se adaptar a esta modalidade de ensino remota. A previsão de retorno das atividades escolares está prevista para a Fase Branca, que é a última. Tudo vai depender dos indicadores e critérios de controle da pandemia. O que temos em vista no momento é que, possivelmente, podemos começar o ano letivo de 2021 de maneira híbrida, de forma gradual e adequada aos protocolos de segurança, com aulas online e algumas turmas com dias específicos presencialmente. Mas é importante destacar que as escolas também têm a sua autonomia para definir como isso será feito”.
Bruno deixa, por fim, uma mensagem para a comunidade escolar. “Gostaria de parabenizar as escolas, alunos e pais pela resiliência neste ano difícil. Que possamos manter essa postura de combate, de atenção à segurança e à qualidade, que são inerentes das escolas particulares. Que os pais saibam que as escolas estão fazendo de tudo para acolher os seus filhos da melhor maneira possível”.