A tirzepatida, conhecida comercialmente como Mounjaro, chegou oficialmente às farmácias brasileiras em maio de 2025 e já é considerada uma das maiores inovações dos últimos anos no tratamento do diabetes tipo 2 e da obesidade. Mesmo antes de estar disponível no país, a medicação já era amplamente comentada nas redes sociais, em reportagens e na comunidade médica, devido aos resultados expressivos observados em estudos clínicos internacionais.
Como funciona a tirzepatida
A tirzepatida é um medicamento injetável de aplicação semanal que atua como agonista dual dos receptores GIP e GLP-1 — dois hormônios intestinais responsáveis por regular a secreção de insulina, os níveis de glicose no sangue e o apetite. Essa ação dupla permite um controle mais eficaz da glicemia e promove, na maioria dos pacientes, uma significativa redução de peso.
Esse mecanismo diferencia a tirzepatida de outros medicamentos já conhecidos, como a semaglutida (comercializada como Ozempic), que atua apenas sobre o receptor GLP-1. Com essa ação mais ampla, a tirzepatida tem se mostrado mais potente tanto no emagrecimento quanto no controle do diabetes tipo 2.
Tirzepatida versus Semaglutida: o que mostram os estudos
Diversas pesquisas comparativas revelam que a tirzepatida supera a semaglutida em resultados clínicos. Em um dos principais estudos, pacientes tratados com tirzepatida apresentaram uma perda média de até 22 kg em 72 semanas, enquanto os pacientes que usaram semaglutida reduziram cerca de 15 kg no mesmo intervalo.
Além da perda de peso, a tirzepatida demonstrou controle superior da hemoglobina glicada (HbA1c), importante marcador do controle glicêmico, especialmente em pacientes com diabetes tipo 2.
Mudanças de hábitos: a base de qualquer resultado sustentável
Apesar dos efeitos promissores, é essencial destacar que os resultados da tirzepatida variam de acordo com o organismo de cada pessoa — e, principalmente, com os hábitos de vida adotados ao longo do tratamento.
A medicação pode ser uma excelente aliada, mas não substitui a importância da alimentação equilibrada, da prática regular de atividade física, do sono reparador e da redução do estresse. Sem esses pilares, os efeitos da tirzepatida tendem a ser limitados ou insustentáveis no longo prazo.
Uso restrito e prescrição médica obrigatória
A tirzepatida é um medicamento de uso controlado e só pode ser adquirida com prescrição médica retida, conforme as exigências da Anvisa. Seu uso indiscriminado ou sem acompanhamento pode trazer efeitos adversos, como náuseas, constipação, hipoglicemia e até complicações mais sérias em casos específicos.
Por isso, é fundamental que qualquer tratamento com tirzepatida seja iniciado apenas com acompanhamento médico especializado, respeitando as particularidades e os objetivos de cada paciente.
Acompanhamento profissional é essencial
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