Só quem tem um AUTISTA em casa sabe quais dificuldades e limitações que são enfrentadas no dia a dia de cada criança
Dia Mundial de Conscientização do Autismo foi aprovado durante a Assembleia Geral da ONU, em votação unânime, em janeiro de 2008, ano em que entrou em vigor a Convenção dos Direitos das Pessoas com Deficiência, da qual o Brasil é um dos signatários.
A convenção reafirma o princípio fundamental dos direitos humanos universais. O objetivo é promover e proteger com igualdade e em sua plenitude todos os direitos e liberdades fundamentais a todas as pessoas com deficiência, e respeitar sua dignidade. “É uma ferramenta vital para promover uma sociedade inclusiva e solidária para todos e para garantir que todas as crianças e adultos com autismo possam levar uma vida plena e significativa”, segundo as Nações Unidas.
De forma crescente e contínua vemos profissionais da área da saúde se especializando em tratamentos e terapias para crianças com TEA, além de clínicas e espaços multidisciplinares para atender a esse público, que necessita de terapias especiais como terapia alimentar, fonoaudiológica, corporal, ocupacional e tantas outras.
Na atualidade, os recursos são diversos e só quem tem um AUTISTA em casa sabe quais dificuldades e limitações que são enfrentadas no dia a dia de cada criança para comer, se comunicar e aprender, fora a questão comportamental, que além de “prender” (geralmente) a mãe, ainda costuma criar uma certa estranheza em algumas pessoas em ambientes públicos.
Em nosso Instagram, você pode assistir a alguns PODCasts Mania onde entrevistamos especialistas e profissionais da área que esclareceram diversas dúvidas sobre esse universo. Me coloquei literalmente dos dois lados da moeda, do lado da família que tem um AUTISTA e do lado de quem não tem, pois vivi as duas realidades. Antes do meu sobrinho mais novo nascer e ser diagnosticado com TEA, eu só sabia o que lia sobre, mas só depois de ter uma criança AUTISTA na família que pude perceber “de verdade” a realidade.
Em um dos primeiros episódios de nosso PODCast Mania, uma das perguntas que fiz à Dra. Cláudia Boechat, mãe de AUTISTA e dona de uma clínica especializada no tratamento dos AUTISMOS (sim, “dos”, no plural, pois cada nível é um tipo de AUTISMO e cada criança é única) foi a questão de como se comportar diante de pais com filhos AUTISTAS em público, pois me coloquei do lado de quem não tem uma criança com TEA. Eu olhava querendo ajudar de alguma forma, mas ficava com medo de me envolver e acabar sendo mal interpretada. Ela me respondeu: Pergunte se pode ajudar em algo. Ela também viu o outro lado, muitas vezes olhamos sem julgamento, apenas sem saber o que fazer e os pais podem achar que estamos sendo preconceituosos. Que possamos ser empáticos e solidários uns com os outros, colaborando para um ambiente de paz e um pouco mais leve para que as crianças possam se sentir bem.