A cena é corriqueira: basta abrir o Instagram ou o YouTube para logo se deparar com algum conteúdo de estética, fazendo com que muitas pessoas se familiarizem com diversos tipos de procedimentos. Nem sempre, porém, fica claro como esses métodos funcionam, deixando muitas pessoas suscetíveis a informações equivocadas. Um exemplo é o uso do laser, que costuma ser anunciado para diversos tipos de problemas, mas exige precauções importantes para garantir um melhor resultado a cada paciente.
Embora seja uma tecnologia capaz de tratar diferentes alterações na pele, incluindo manchas, cicatrizes e rugas, o laser necessita de uma avaliação personalizada para evitar maiores riscos à saúde. Ao mesmo tempo, existem diferentes tipos de lasers no mercado, com indicações e efeitos completamente distintos, o que aumenta a importância de orientação profissional para garantir um resultado seguro e eficaz.
Para quem não sabe, o termo “laser” é uma abreviação de Light Amplification by Stimulated Emission of Radiation, que significa amplificação da luz por emissão estimulada por radiação. Como informa a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), trata-se de um aparelho que emite uma radiação eletromagnética de forma controlada, visando atingir determinados “alvos” na pele, incluindo manchas, estrias, tatuagens, entre outras indicações.
“Os lasers são aparelhos de alta tecnologia, que possibilitam a realização de diversos tratamentos. Os principais são: rejuvenescimento da pele com melhora da textura, tratamento de cicatrizes de acne e pós-cirúrgicas, depilação, estímulo de colágeno, remoção de pigmentos, estrias, tratamentos das ‘manchas da idade’ e melasma”, afirma a médica dermatologista Dra. Suzana Cunha. “Além do uso estético, também são empregados no tratamento de doenças como rosácea e foliculite, demonstrando assim uma grande versatilidade”, acrescentou a especialista. Os tratamentos com laser, segundo ela, podem ser divididos em duas categorias. A primeira inclui os lasers ablativos, em que ocorre uma alteração na superfície da pele, fazendo com que ela precise de um tempo de recuperação variando entre sete e 10 dias, um tempo bem menor em relação aos aparelhos antigos. Já a segunda categoria inclui os lasers não ablativos, em que não há alterações visíveis na superfície da pele logo após o tratamento, permitindo que o paciente siga sua rotina diária sem maiores interrupções.
“A definição do tipo de abordagem depende da pele do paciente, da queixa e do tipo de mancha”, diz Dra. Suzana. “No pós-laser, podemos utilizar substâncias para potencializar o efeito do procedimento. Os principais benefícios são: rapidez no tratamento, que em sua maioria é indolor, com pouco ou nenhum tempo de recuperação da pele, além da possibilidade de realizar vários tratamentos”, explicou a dermatologista.
O uso dos lasers e de outras tecnologias, como informa a SBD, é fundamental para diversos tratamentos dermatológicos. Técnicas cientificamente comprovadas, aparelhos aprovados pela Anvisa e a capacitação do profissional, porém, são pontos importantes que devem ser avaliados pelo público. É necessário sempre se consultar com um dermatologista especializado pela Sociedade Brasileira de Dermatologia, a fim de realizar o tratamento correto e obter assim os melhores resultados para sua saúde e bem-estar.