À medida que se aproxima o momento do parto, gestantes em todo o mundo enfrentam uma série de dúvidas e anseios quanto à chegada do bebê, especialmente quando se trata de amamentação. Por esse motivo, a campanha Agosto Dourado foi criada para estimular o aleitamento materno e difundir orientações importantes sobre o ato de amamentar, buscando ressaltar as medidas mais adequadas para garantir a saúde e o bem-estar dos bebês através do aleitamento. Mas será que toda gestante sabe quais são os erros mais comuns nesse processo? Com que frequência, por exemplo, a criança precisa ser amamentada?
De acordo com o Ministério da Saúde e a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), a amamentação é recomendada até os dois anos de idade ou mais, sendo somente leite materno (aleitamento materno exclusivo) nos primeiros 6 meses, sem necessidade de sucos, chás, água ou outros alimentos. Após os 6 meses, a amamentação deve ser complementada com outros alimentos saudáveis, valorizando esses hábitos em família, conforme ressaltou a entidade.
Ao mesmo tempo, não é necessário estabelecer um horário fixo para amamentar, como muitas gestantes imaginam. Segundo o Departamento Científico de Aleitamento Materno da Sociedade Brasileira de Pediatria, recomenda-se que a criança seja amamentada sem restrições de horários ou duração da mamada, seguindo o princípio da amamentação em livre demanda. “Nos primeiros meses, é normal que a criança mame com maior frequência e sem horários regulares. É ela quem determina a frequência e a duração das mamadas, as quais estão diretamente relacionadas aos picos de crescimento do bebê. Esses períodos duram em torno de 2 a 3 dias e a mãe pode achar que ela apresenta baixa produção de leite. Esses picos acontecem em 3 momentos antes dos 4 meses: entre 10 e 14 dias de vida, 4 e 6 semanas e em torno dos 3 meses. Ela aprende a reconhecer os sinais de fome e saciedade e isto pode estar relacionado a menores taxas de obesidade na idade adulta”, divulgou.
Outra recomendação é oferecer os dois seios a cada mamada, permitindo que o bebê decida se deseja mamar em ambos. Pode-se iniciar cada mamada pelo peito que o bebê usou por último, garantindo que ele esvazie completamente os dois seios. Isso é essencial para estimular a produção de leite materno. Deixe o bebê mamar até que fique satisfeito, esvaziando uma mama antes de oferecer a outra, se necessário.
O leite do início da mamada, por exemplo, tem mais água e mata a sede, enquanto o do fim da mamada tem mais gordura e, por isso, satisfaz a fome do bebê, ajudando-o a ganhar mais peso. No início da mamada, o bebê suga com mais força porque está com mais fome e assim esvazia melhor a primeira mama oferecida. Ainda de acordo com a SBP, um bebê em aleitamento materno exclusivo geralmente mama de oito a 12 vezes ao dia, sendo este um comportamento normal. Ou seja: não é um sinal de fome do bebê, de leite fraco ou de pouco leite, como pode parecer à primeira vista.
O importante, mesmo, é garantir uma amamentação de qualidade. Afinal, amamentar é muito mais do que alimentar a criança: ela envolve uma interação profunda entre mãe e filho, com fortalecimento do vínculo e repercussões positivas no desenvolvimento cognitivo e emocional da criança. Além disso, é melhor para a saúde da mãe e do bebê. Em caso de dúvidas, não hesite: busque o médico de confiança e se informe!