
Qual mulher não gostaria de ter o rosto de Jennifer Aniston ou os lábios de Nicole Kidman? Pois é. Diariamente, clínicas e consultórios de estética no mundo inteiro recebem pessoas em busca de rejuvenescimento, mas elas nem sempre estão a par do real conceito de beleza. Nada melhor então do que ouvir quem entende do assunto, não é mesmo?
Especialista em Ortodontia e trabalhando há quatro anos com Harmonização Facial, Dra. Patricia Bogaci traz dicas essenciais para quem deseja mudar a aparência. “Primeiro vamos conceituar beleza: substantivo feminino que expressa a qualidade do que é belo e agradável aos olhos de quem observa. Logo, eu entendo que beleza é algo extremamente subjetivo e está diretamente ligado à cultura e à época, embora também possa ser atemporal. Os padrões variam, as formas variam, mas uma coisa não muda: a beleza está na proporção e na harmonia, e não necessariamente na simetria!”, ressalta Dra. Patricia. “Analisando uma face, nunca teremos total simetria. Se espelharmos duas metades direitas ou duas metades esquerdas, elas não serão iguais entre si, nem iguais à original. Isso comprova a assimetria em todas as faces, e mesmo assim, vemos rostos belíssimos”, acrescentou.
A proporção ideal, também conhecida como proporção divina, segundo ela, norteia a maior parte dos planejamentos dentro da harmonização, tanto masculinos quanto femininos. “Mas, gostos particulares incentivados por cobranças de comportamento e atitudes pela mídia, muitas vezes, levam a desejos um tanto quanto exagerados no que diz respeito aos preenchimentos. E aí, o que agrada uns, não agrada outros, e surgem então as belezas caricatas. Muitas vezes, o que o paciente quer pode não ser o que ela(e) realmente precise, ou até nem seja o indicado para ela(e). Pelo menos, não naquele momento! Em muitos casos, o paciente vem com uma grande expectativa e se frustra quando descobre que, para alcançar aquele resultado ‘Super Top’, precisará de muitos ml de preenchedor, ou ainda, talvez até outros procedimentos associados”, disse.
Um exemplo significativo, nesse contexto, é o paciente com alimentação inadequada, com muita ingestão de açúcar, pouca ingestão de água, mas quer fazer um bioestímulo de colágeno. “O corpo não vai responder de forma adequada, e depois o paciente vai achar que foi o produto que não era de qualidade”, lembra Dra. Patricia. “Outro exemplo é quando o paciente chega com a pele desidratada, cheia de rugas e toda manchada, querendo fazer preenchimento. Mas é claro que não vai alcançar aquele resultado maravilhoso! A pele está gritando por água. Primeiro há que se tratar e hidratar a pele, por dentro e por fora, com Peelings, microagulhamento com fatores de crescimento, dieta, água, entre outras coisas, para então fazer o preenchimento e se encantar com o resultado. Alinhar expectativa e realidade é fundamental. É agir com honestidade com o paciente que confiou em você”.
Mas quando o paciente busca um profissional para fazer um preenchimento, ele não quer ouvir que “agora não é o momento” ou “vamos fazer um outro procedimento antes” ou “vamos melhorar sua alimentação primeiro”, não é mesmo? Ainda assim, no entanto, o profissional deve orientar o paciente quanto ao método ideal para o seu caso. “Não é isso que o paciente quer ouvir, apesar de muitas vezes ser o que precisa. Mas aí entra a questão que nos direciona em um primeiro momento: ‘o que mais te incomoda’? É com esta pergunta, aliada ao bom-senso, ao nosso conhecimento do tipo de produto e das regiões que podem promover um efeito ‘UAU’, que conseguimos ir construindo gradativamente aquela beleza desejada. Sem grandes sustos, sem fugir da harmonia e com resultados supernaturais, aos poucos, as mudanças vão acontecendo. Até porque ‘a harmonia é o equilíbrio dos opostos’”.