O que fazer em caso de Conjuntivite

ConjuntiviteVocê é daqueles que adoram curtir o aconchego do inverno, com aquele friozinho gostoso para usar um casaco, tomar um café especial ou viajar para destinos como Gramado e Campos do Jordão? Pois saiba que, apesar de todo o clima aconchegante, o inverno também exige cuidados em nosso dia a dia, especialmente quanto à saúde ocular. Isso porque a queda na temperatura, os ambientes fechados e a baixa umidade podem desencadear alguns problemas oculares, incluindo os quadros de conjuntivite, que costumam ter uma incidência significativa durante a estação.

Dra. Luiza Assed de  Souza Morais - Conjuntivite
A oftalmologista
Dra. Luiza Assed de
Souza Morais

Nesse contexto, sintomas como ardência, coceira, inchaço e vermelhidão acabam se tornando comuns e parecem algo simples de resolver – mas é nesse momento que as pessoas recorrem a métodos inadequados, buscando soluções fáceis ou utilizando produtos sem orientação médica. Mas qual seria então a maneira correta de lidar com a conjuntivite? Quais hábitos devem ser evitados para não agravar esse desconforto? Quem nos traz essas respostas é a oftalmologista Dra. Luiza Assed de Souza Morais, que integra a equipe médica da Clínica Santa Maria.

“Os principais erros que os pacientes cometem inicialmente dizem respeito à automedicação. Muitos vão à farmácia e compram qualquer colírio. Mesmo os colírios que não precisam de receita, no entanto, muitas vezes contêm substâncias que não fazem bem e podem mascarar sintomas, piorar a infecção ou causar complicações. Além disso, há uma demora para buscar atendimento e fazer o diagnóstico correto, o que pode agravar o quadro ou facilitar a transmissão, especialmente nos casos virais”, afirma Dra. Luiza Assed.

Especialista em pálpebras, órbita, vias lacrimais e cirurgia plástica ocular, ela comenta os riscos do tratamento inadequado e explica a abordagem mais indicada para quem sofre de conjuntivite. “Não tratar o problema corretamente pode levar ao contágio de outras pessoas, além de prolongamento dos sintomas e maior desconforto, podendo levar a complicações, como, por exemplo, ceratite e infiltrados corneanos, que são alterações da córnea e podem afetar a visão”, alerta a especialista. “Se for uma conjuntivite viral ou bacteriana, pode ter a presença de membranas, e essa conjuntivite só melhora com tratamento adequado e retirada das membranas. Dessa forma, é fundamental o exame médico para identificar o tipo de conjuntivite e o tratamento correto a ser feito, a fim de evitar complicações e piora da visão”.

A abordagem ideal, como ressalta Dra. Luiza, envolve uma avaliação médica precoce para diagnóstico correto, uso de medicação adequada (colírios lubrificantes, antibióticos ou antialérgicos, dependendo da causa), além de higiene rigorosa, evitando coçar os olhos e compartilhamento de objetos pessoais. “Também é fundamental lavar sempre as mãos com frequência. Essa é a principal forma de evitar a contaminação, principalmente no verão e outono, períodos de maior frequência dos episódios de conjuntivite. Evite usar lentes de contato durante o quadro, troque fronhas e toalhas diariamente e não interrompa o tratamento por conta própria — mesmo que os sintomas melhorem”, concluiu.