Como as mães narcisistas afetam o psicológico dos filhos?
- Baixa autoestima: falta de confiança e amor-próprio devido à invalidação que sofrem diariamente.
- Sentimento de inferioridade: a mãe se coloca como superior e os filhos se sentem inferiores.
- Dificuldades em ter relacionamentos saudáveis: tendência a se envolver em relacionamentos abusivos, pois normalizam a relação com a mãe.
- Transtornos psicológicos: ansiedade, depressão, estresse.
- Traumas e prejuízos à saúde mental.
- Repetição de padrões: os filhos podem reproduzir esses comportamentos em seus relacionamentos afetivos ou tornando-se mãe narcisista.
Como lidar com uma mãe narcisista?
- Reconhecer o transtorno narcisista: é importante saber que se trata de uma mãe narcisista, pois liberta do peso da culpa e servidão. Reconhecer é importante para a saúde emocional e o bem-estar dos filhos.
- Estabelecer limites: deixar claro os seus limites e o que não vai tolerar.
- Criar uma rede de apoio: buscar apoio emocional com pessoas de sua confiança.
- Busque ajuda profissional: a psicoterapia é essencial para que consigam romper com os traços negativos dessa relação.
Mãe: sinônimo de afeto, carinho, dedicação, entrega, amor sublime e incondicional. Quando se fala na palavra “mãe”, logo se pensa que é aquela mulher que faz qualquer coisa pelo bem do seu filho. A psicóloga Noísa Rangel, porém, faz um alerta. “Sinto em dizer que nem todas as mães são assim. Existem mães narcisistas, egoístas, que não se importam com seus filhos, apenas consigo mesmas. Uma mãe narcisista coloca suas próprias necessidades acima das necessidades do filho. O termo narcisista refere-se à mitologia grega, ao personagem Narciso, que se apaixonou por sua imagem refletida no espelho d’água e fica encantado com sua própria beleza. Frequentemente atendo filhos e filhas de mães narcisistas que reclamam do comportamento estranho e destrutivo de suas mães, com constrangimento de falar sobre a figura materna, e só na terapia vão descobrir que se trata de uma mãe narcisista. É libertador entender sobre o transtorno de personalidade narcisista e entender os comportamentos disfuncionais da mãe”, disse.
Segundo a psicóloga, o transtorno narcisista nas mães é caracterizado por padrões de grandiosidade, egocentrismo, autoritarismo. Algumas características são:
- Perfeccionista: a mãe narcisista se enxerga como padrão de excelência e não aceita erros;
- Dona da verdade: ela sempre tem razão em tudo o que alega;
- Falta de empatia: invalida os sentimentos do outro;
- Necessidade de admiração e de ser elogiada
- É invejosa: sente raiva quando outros se destacam mais do que ela e apresenta inveja até dos filhos;
- São mães manipuladoras, invasivas, insistentes;
- Não pedem desculpas e são incapazes de assumir erros;
- Comparam o filho com outras crianças ou jovens;
- São críticas demais;
- Vivem de aparências, tendo preocupação exagerada com a aparência física;
- Realizam chantagem emocional para fazer com que os filhos atendam às suas vontades. Elas se colocam sempre em uma posição de vitimização, causando sentimento de culpa nos filhos. Afinal, como pode um filho negar um pedido de uma mãe que é sagrada? Ela provoca brigas e confusões por motivos fúteis e no final ela é a vítima.
- Possuem comportamentos abusivos com manipulações, invasão de privacidade, ofensas, depreciação e até mesmo agressão. Abusos psicológicos são os mais comuns.
- Distanciamento emocional: somente valida os próprios sentimentos e se recusa a se envolver com emoções alheias, o que impede de criar uma conexão emocional com os filhos.
De acordo com Noísa, é muito comum as mães narcisistas terem um filho dourado e outro bode expiatório na dinâmica familiar. “Isso significa que o filho dourado é escolhido como o favorito, o mais maravilhoso, o que não faz nada de errado e que recebe o melhor de tudo. Já o filho bode expiatório é culpado por tudo, é aquele no qual todos os males da família são projetados, ele nunca faz nada certo. O filho dourado pode acabar estragado pela mãe narcisista, e sua vida pode acabar atrelada à dela. Já o bode expiatório é mais independente, consegue se libertar da dinâmica familiar disfuncional”, explicou.