No dia 10 de abril a cidade de Rio das Ostras completa 30 anos de emancipação. Mas a sua história começa muito antes. Situada na Capitania de São Vicente, a localidade tinha a denominação de Leripe (que em tupi-guarani significa “Lugar de Ostra”) ou Seripe, sendo parte das terras da Sesmaria doada aos jesuítas pelo Capitão-Mor Governador Martins Corrêa de Sá, em 20 de novembro de 1630. Esta faixa foi delimitada por dois marcos de pedra – PITOMBAS – colocados em Itapebussus e na barreta do Rio Leripe com a insígnia da Companhia de Jesus. Os Jesuítas foram responsáveis pelas primeiras construções na região, como o Poço de Pedras do Largo de Nossa Senhora da Conceição e a antiga Igreja.
Conhecida então como Baía Formosa no século XIX, foi um próspero arraial e seu crescimento se deu ao redor da igreja e do Poço de Pedras. O Rio das Ostras era rota de tropeiros e comerciantes, mas no arraial já existiam internatos masculino e feminino, o Grande Hotel, o Posto de Polícia Provincial, a Igreja e o Poço do Largo, com água pura que jorrava à beira-mar. A história de Rio das Ostras é comprovada por meio de relatos de antigos navegadores que por aqui passaram, como o sapateiro da expedição de Villegagnon França-Antártica, em 1510, Jean de Lery, o naturalista Augustin François César Prouvençal de Saint Hilaire, o Príncipe alemão Maximilian Alexander Philipp Zu Wied Neuwied e, em 1847, o Imperador D. Pedro II, que descansou à sombra da hoje centenária figueira à beira-mar, após ser recebido com bandas de música e folguedos, conforme noticiaram os jornais da época.
Finalmente, em 1992, a lei estadual nº 1984/92 criou o município de Rio das Ostras, com sede na atual Vila do mesmo nome, formado do território do distrito de Rio das Ostras, desmembrado do município de Casimiro de Abreu. No art. 2º, ao contrário do que muitos pensam, se extrai que o território de Rio das Ostras é constituído de um único distrito.
O Mania de Saúde deseja a todos os cidadãos de Rio das Ostras um feliz aniversário!