Dose Previdenciária

Dra. Fernanda Reder é Advogada Previdenciarista, OAB/RJ 146.152, ex-servidora do INSS com mais de 19 anos de experiência, atua no Brasil e no exterior
Dra. Fernanda Reder

Salário-maternidade sem carência

Vitória de justiça social e chance para quem teve filho nos últimos 5 anos

Salário-maternidade
Young attractive happy mother smiling holding looking at her baby daughter over white wall. Copy space.

Entrou em vigor uma regra mais justa para as famílias: o Conselho de Recursos da Previdência Social aprovou o Enunciado nº 19, pela Resolução nº 13/2025, publicada em 08/09/2025 no Diário Oficial.
Em palavras simples: o INSS não pode mais exigir “carência” (número mínimo de contribuições) para conceder o salário-maternidade. Basta a pessoa comprovar que é segurada do INSS.
A medida corrige uma injustiça histórica e amplia a proteção no momento mais sensível da vida da família: a chegada de um filho (por parto ou adoção).

Como fica na prática?

• Autônomas (contribuinte individual): precisam provar que estavam trabalhando e ter ao menos 1 contribuição paga.

• Segurada especial (trabalho rural): comprovar atividade rural em algum mês dos 12 anteriores e, se buscar valor acima do mínimo, 1 contribuição.

• Facultativa: precisa comprovar o pagamento da contribuição.

• Quem tem mais de um trabalho: pode receber em cada atividade, se comprovar que estava em exercício na data do parto/adoção.

Oportunidade: se você está grávida ou teve filho/adoção nos últimos 5 anos, vale requerer o benefício no INSS — e, se no passado ele foi negado por “falta de carência”, peça a revisão. Em regra, as parcelas dos últimos 5 anos podem ser cobradas.

O que levar: documento de identificação, certidão de nascimento/termo de adoção, comprovantes de contribuição/atividade (CNIS, recibos, contratos, declarações de empregadores, provas de atividade rural), e dados bancários.

Por que isso importa? Porque protege a renda da família, reduz desigualdades e reconhece o cuidado com a criança como um direito social — não um privilégio.

Em dúvida se você tem direito? Procure orientação especializada. Informação correta muda vidas — e, agora, a lei está do seu lado.