Descubra os tipos de câncer mais comuns entre os homens e como detectá-los cedo
Falar de saúde masculina, no mês de novembro, parece sempre se restringir ao câncer de próstata, mas a verdade é que esse é apenas um dos cuidados que os homens precisam ter para garantir um envelhecimento mais saudável. Afinal, existem outros tipos de câncer que também necessitam de maior atenção por parte do público masculino, especialmente pela forma como muitos homens deixam de ir ao médico para realizar o devido rastreio.
Para saber quais são eles, fomos até a Clínica Santa Maria e ouvimos o médico oncologista Dr. Pedro Ferraro, que ressalta como a campanha Novembro Azul vem trazendo um olhar diferente para a saúde do homem na atualidade. “O Novembro Azul é uma campanha internacional de conscientização e combate das doenças masculinas. O foco principal é o câncer de próstata, que é o mais comum entre os homens, registrando mais de 71 mil diagnósticos por ano. Mas a atenção não deve se limitar apenas a esse câncer, já que outros tumores também apresentam uma grande incidência na população masculina. É o caso do câncer de cólon (intestino) e do câncer de pulmão, sendo estes os três tumores mais comuns entre os homens. A campanha busca alertar que é possível diagnosticá-los precocemente, já que existe rastreio para essas doenças”, afirma Dr. Pedro Ferraro.
Ele ressalta a importância de investigar essas doenças em pacientes assintomáticos, já que elas costumam surgir de forma discreta e sem tantos sinais aparentes. “No caso do câncer de próstata, o rastreio se dá por meio do PSA, um marcador medido com exame de sangue, além do toque retal, que é realizado na avaliação com o urologista. Já o câncer de cólon é rastreado por colonoscopia, que é indicada a partir dos 45 anos, enquanto o câncer de pulmão pode ser identificado por tomografia de tórax, que é recomendada para pacientes que fumam ou já pararam de fumar. Isso mostra que, com métodos simples, é possível identificar esses cânceres de forma precoce, aumentando assim as chances de cura”, disse.
Como identificar sinais de câncer?
Segundo Dr. Pedro Ferraro, existem alguns sintomas que merecem atenção do público masculino, já que podem sinalizar a presença de tumores ainda não diagnosticados. “Um desses sintomas é o emagrecimento repentino, sem que o paciente tenha feito atividade física ou dieta. Também é importante observar o aparecimento de gânglios, ínguas e linfonodos, como, por exemplo, debaixo do braço ou ao lado do pescoço, sobretudo ínguas endurecidas. A presença de anemia é outro fator importante, bem como cansaço e falta de energia, que podem sinalizar um tumor de estômago ou um tumor de intestino, por exemplo. Já o olho amarelo, que é característico de icterícia, também pode estar associado a tumores. Claro que existem inúmeras outras causas envolvidas, mas é fundamental observar esses sinais em pacientes que estão assintomáticos, a fim de garantir uma detecção precoce”, revelou.
Já o câncer de próstata, como alerta o médico, é ainda mais silencioso que outros tipos de câncer, o que explica a maior atenção das autoridades de saúde em relação ao problema. “O câncer de próstata, habitualmente, não gera muitos sintomas em fases iniciais. Por isso, os homens devem ficar atentos a algumas mudanças, como dificuldade para urinar, aumento da frequência urinária ou presença de sangue na urina. Mas lembrando que essas alterações não são exclusivas do câncer de próstata. Além de aparecerem em fases mais avançadas, elas podem estar relacionadas a condições benignas, o que reforça a importância de ir ao médico para uma avaliação. O ideal é não esperar o aparecimento desses sintomas, buscando sempre o diagnóstico precoce”.
Excelência no tratamento
Por fim, Dr. Pedro Ferraro revela como o Instituto de Oncologia da Clínica Santa Maria tem estado na vanguarda desses tratamentos, garantindo todo o suporte necessário ao paciente oncológico. “O câncer é uma doença muito grave, que mexe com toda a estrutura psicológica-familiar do indivíduo. Por isso, contamos com uma equipe multidisciplinar em nosso Instituto de Oncologia, que é formada por urologistas, mastologistas, cirurgiões oncológicos, oncologistas clínicos, além de profissionais de enfermagem, farmácia, psicologia e nutrição oncológica. Tudo isso para garantir o suporte integral ao paciente e auxiliar também no diagnóstico precoce, aumentando assim as chances de cura, que é o foco principal de todo esse trabalho”.