
Sabemos que a coloração da área íntima incomoda muitas mulheres. Questões relacionadas à autoimagem genital, influenciadas por fatores socioculturais e biológicos, tornam-se mais evidentes com o avanço da idade. O clareamento íntimo é um procedimento não invasivo, que veio como excelente alternativa para melhorar a aparência e harmonização da região genital, promovendo benefícios tanto estéticos quanto psicológicos.
É o que nos conta a médica ginecologista Dra. Jane Carla. “Para realizar o tratamento eficaz e seguro, é preciso determinar o fototipo da pele da mulher, sendo os melanócitos as células responsáveis pelos fototipos. As peles mais claras (fototipos I, II e III) têm uma resposta ao clareamento muito melhor e bem mais rápida do que mulheres com fototipos mais altos (IV, V e VI), que precisam de mais sessões para uma melhor resposta, além de apresentarem risco aumentado para hiperpigmentação pós-inflamatória, sendo a intervenção do médico capacitado extremamente importante para evitar qualquer anormalidade.
Dificilmente consegue-se clarear a região vulvar e deixá-la como vulva da Barbie, pois existem áreas que são naturalmente hiperpigmentadas, como a região perineal, a região perianal, as bordas livres dos pequenos lábios e a área interna das coxas. Diversos fatores são favoráveis para o escurecimento da área íntima, como genéticos, hormonais, idade e comportamental, sendo atrito a causa mais comum”, disse.
Para atingir um bom resultado, contudo, é necessário seguir alguns protocolos, como frisa a médica. “Não pense que o clareamento íntimo é milagroso. Sua ajuda no pós-clareamento é extremamente importante para a manutenção, sendo necessário realizar mudanças de hábitos, como uso de roupas apertadas, biquíni molhado, alimentos inflamatórios, depilação com lâmina e cera, uso de produtos ablasivos para lavagem de roupa íntima, sabonetes íntimos ácidos, atividades físicas, entre outros. O uso da medicação domiciliar proposta precisa de disciplina, como a utilização de hidratante regenerador íntimo, creme despigmentante à noite, sabonete íntimo apropriado, uso de medicação oral, protetor solar e acompanhamento médico frequente. Mulheres que apresentam qualquer doença de base, como hipercortisolismo, síndrome dos ovários policísticos, tireoidiopatias e alterações nos níveis de estrogênios precisam ser tratadas para que o clareamento na área íntima seja eficaz, inclusive as pacientes que possuem fototipos IV, V e VI. Estas podem e devem fazer o clareamento para evitar escurecimento mais acentuado nesta região e não agravar sua autoestima. O clareamento íntimo, de acordo com cada pele, idade, doença de base, atividade física com atrito e ressecamento vulvar, precisa de um protocolo direcionado para o tratamento, que pode ser realizado à base de peeling químico, radiofrequência ou ambos associados. Por isso, uma boa avaliação médica para definir qual será o melhor protocolo a ser utilizado é necessária. Como médica especialista na área, não posso deixar de enfatizar que ainda estamos em um bom período para realizar o clareamento íntimo. Aguardo vocês para elevar sua autoestima para o verão”.
