Você sabe até onde é seguro usar a tadalafila? A Anvisa responde

tadalafilaA Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou um alerta nacional sobre os riscos do uso indiscriminado da tadalafila, medicamento indicado para o tratamento da disfunção erétil. Segundo o órgão, o consumo sem prescrição médica, em doses elevadas ou em produtos não regularizados — como suplementos e gomas com a substância — pode provocar efeitos adversos graves, entre eles infarto, acidente vascular cerebral, perda súbita da visão ou audição e até dependência psicológica.

A tadalafila, comercializada sob diferentes nomes e bastante popular entre homens de várias faixas etárias, tem sido utilizada de forma inadequada, muitas vezes com o objetivo de melhorar o desempenho sexual ou aumentar a performance em treinos físicos. Esse uso recreativo, segundo a Anvisa, tem se expandido principalmente entre jovens, impulsionado por conteúdos e ofertas em redes sociais que divulgam o produto como suplemento energético. A agência alerta que tais formulações, quando não registradas, são ilegais e representam alto risco à saúde. Entre os efeitos colaterais mais graves associados ao uso indevido da tadalafila estão eventos cardiovasculares, como infarto, morte súbita, dor no peito e palpitações, além de ereção prolongada e dolorosa, conhecida como priapismo. Também há relatos de perda repentina da visão ou audição, zumbido, tontura e queda acentuada da pressão arterial, especialmente em pessoas que já utilizam medicamentos para hipertensão. Outros sintomas comuns incluem dor de cabeça, rubor facial, congestão nasal e desconforto gástrico.

Embora a substância não cause dependência química comprovada, a Anvisa alerta para o risco de dependência psicológica. Muitos usuários, segundo o órgão, passam a acreditar que não conseguem ter desempenho sexual satisfatório sem o uso do medicamento, o que pode gerar impactos significativos na autoestima e na saúde mental. A Anvisa reforça que a tadalafila só deve ser utilizada sob prescrição médica e conforme as doses indicadas em bula. O uso de medicamentos manipulados ou vendidos como suplementos, especialmente os que não têm registro na agência, deve ser evitado. Produtos irregulares devem ser denunciados por meio dos canais oficiais da Anvisa, como o sistema Notivisa. Em nota, o órgão também orienta profissionais de saúde a avaliarem cuidadosamente os pacientes antes da prescrição, observando possíveis interações medicamentosas e notificando eventuais efeitos adversos. O alerta reforça a importância da automedicação responsável e da orientação médica adequada no uso de qualquer substância com ação farmacológica.

A Anvisa conclui que o uso recreativo da tadalafila é uma prática perigosa, sem respaldo científico e com potencial de causar danos irreversíveis. A recomendação é clara: medicamentos para disfunção erétil devem ser utilizados apenas com acompanhamento médico, dentro das indicações terapêuticas aprovadas, e nunca como forma de aprimorar o desempenho físico ou sexual.