Atualmente, porém, a medicina oferece soluções seguras e modernas para garantir longevidade a pacientes com hiv, incluindo o uso de antirretrovirais e métodos de profilaxia pré e pós-exposição ao vírus. Para atingir esse resultado, é importante o acompanhamento regular com o médico infectologista, que vai fornecer todas as orientações necessárias sobre o tratamento, monitoramento de saúde e adaptações ao estilo de vida de cada paciente.
Quem nos fala sobre o assunto é o médico infectologista Dr. Marcus Vinícius M. Miranda. Trabalhando com Infectologia Clínica, hiv, Infecções Sexualmente Transmissíveis, Vacinação, Medicina Preventiva, Tratamento de Feridas e Hepatologia em seu consultório, ele revela como o acompanhamento regular pode fazer toda a diferença para as pessoas que vivem com o hiv.
“O tratamento contra o hiv avançou muito nas últimas décadas, trazendo medicações altamente eficazes e com pouquíssimos efeitos adversos. Esses medicamentos, pertencentes à classe dos antirretrovirais, são capazes de impedir a multiplicação do vírus no organismo, resultando em uma maior estabilidade clínica. Mas existem outras medidas importantes que vão muito além do uso de remédios”, alerta o especialista. “Isso porque o tratamento contra o HIV também abrange vacinações, fortalecimento do sistema imunológico e orientações sobre estilo de vida, incluindo controle de peso, atividade física e alimentação saudável. Além do mais, temos hoje métodos como a PrEP ou a PEP, que também exigem orientação profissional para garantir um melhor resultado ao paciente, visando sempre preservar sua saúde”, acrescentou.
Dr. Marcus Vinícius explica que a PrEP, ou profilaxia Pré-Exposição, consiste no uso de medicamentos antes da relação sexual, permitindo ao organismo estar preparado para enfrentar um possível contato com o hiv. Já a PEP, ou profilaxia Pós-Exposição, envolve o uso de medicamentos após uma possível exposição ao hiv, em situações como violência sexual, relação sexual desprotegida (sem o uso de preservativo ou com falha do mesmo), além de acidentes com instrumentos perfurocortantes ou contato direto com material biológico.
Mas engana-se quem pensa que o acompanhamento do paciente com hiv se restringe ao uso de remédios ou de vacinas para diminuir o risco de infecções oportunas. O acolhimento também desempenha um papel crucial nesse cuidado. “Ainda existem muitos tabus em relação ao hiv, que podem acabar dificultando a adesão do paciente. Mas, na medida em que as consultas acontecem, eles vão ficando mais tranquilos. Eu me preocupo muito em explicar ao paciente o que é a doença que ele tem, pois a aceitação pessoal é sempre um dos grandes desafios em relação ao tratamento do hiv”, frisa Dr. Marcus Vinícius. “Mas, ao receber toda a orientação necessária, utilizando os medicamentos corretos e fazendo o acompanhamento regular, é inteiramente possível ter uma vida saudável e plena, mesmo com o diagnóstico de hiv. Com suporte adequado, o paciente consegue não só gerenciar a doença, como também alcançar um maior bem-estar, tanto físico quanto emocional”, concluiu.