Previna-se contra o câncer de pele!

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A médica dermatologista Dra. Juliana Miotto8

O câncer de pele está se tornando cada vez mais prevalente no país, mas, ainda assim, grande parte da população desconhece o verdadeiro impacto da doença em nosso contexto de saúde. Mas basta observar a rotina dos consultórios dermatológicos para entender por que a conscientização sobre o tema é essencial para promover hábitos saudáveis e prevenir o avanço da doença, tendo em vista o número de pacientes que procuram atendimento para lesões cutâneas.

Atenta a isso, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) promove anualmente a campanha Dezembro Laranja, que visa conscientizar a população sobre os riscos do câncer de pele, com diversas ações realizadas em todo o território nacional. Para abordar o assunto, o Mania de Saúde foi até o Centro Médico ProntoCardio e conversou com a médica dermatologista Dra. Juliana Miotto. Formada pela Faculdade de Medicina de Campos (FMC), com residência em Clínica Médica pelo Hospital Samaritano-RJ e em Dermatologia pelo Hospital Escola Álvaro Alvim (HEAA), sendo titulada pela SBD, ela revela como o câncer de pele vem se tornando parte significativa dos atendimentos na atualidade.

“São muitos casos que aparecem no dia a dia do consultório, sendo que, atualmente, temos observado um aumento do público jovem, o que antes não era tão comum”, diz Dra. Juliana. “Esse problema ocorria com maior frequência entre pessoas de idade avançada, geralmente associado ao histórico familiar, quando alguém da família era diagnosticado e, consequentemente, outros membros também desenvolviam o câncer de pele. Mas hoje isso mudou. Temos visto muitos casos de pacientes jovens devido à exposição solar sem proteção adequada. Já se tornou comum, inclusive, diagnosticarmos subtipos mais graves, como o melanoma, por exemplo, evidenciando a necessidade de medidas preventivas para proteger a saúde da pele e se conscientizar sobre o problema como um todo”, alertou.

O câncer de pele, segundo o Instituto Nacional de Câncer – INCA, é classificado em duas categorias: o não-melanoma e o melanoma. O não-melanoma engloba diferentes tipos de tumores, sendo os mais comuns o basocelular, originado nas células basais profundas da epiderme, e o espinocelular, que se desenvolve nas células escamosas, que constituem a maior parte das camadas superiores da pele. Esse tipo de câncer apresenta altos percentuais de cura, se for detectado e tratado precocemente. Já o melanoma é menos frequente, porém de pior prognóstico e com o mais alto índice de mortalidade.

“O tratamento varia de acordo com o subtipo apresentado pelo paciente”, informa Dra. Juliana. “Se for o carcinoma basocelular, por exemplo, podemos lançar mão tanto do tratamento cirúrgico, quanto de medicações tópicas. Tudo vai depender da análise clínica do paciente. Mas é importante observar também outros tipos de lesões cutâneas, como as queratoses actínicas. Se não tratadas, elas podem evoluir para um câncer de pele. Isso demonstra como o diagnóstico precoce e o acompanhamento regular com o dermatologista podem fazer toda a diferença”.

Um dos fatores que dificultam a intervenção precoce, segundo Dra. Juliana, é a automedicação, já que boa parte do público costuma recorrer a pomadas sem indicação médica e soluções caseiras. Quando chegam ao dermatologista, elas já se encontram em estágio avançado, demandando um tratamento mais complexo. “Para evitar todos esses problemas, devemos sempre reforçar a importância da fotoproteção, já que o filtro solar deve ser utilizado o ano inteiro. Da mesma forma, jamais devemos subestimar uma lesão cutânea. Ao notar qualquer sinal incomum, busque a orientação do médico dermatologista, que vai avaliar o quadro de forma adequada. Quanto mais cedo o diagnóstico, mais eficaz será o tratamento e a abordagem”, finaliza Dra. Juliana, lembrando que o Centro Médico ProntoCardio tem realizado um atendimento de excelência em dermatologia, com um serviço de alto nível para a população.