Campanha busca desmistificar o vírus do HIV e promover a prevenção
À medida que dezembro se aproxima, o vermelho não se destaca apenas nas decorações festivas, mas também como um alerta importante. O mês é marcado pela campanha “Dezembro Vermelho”, uma iniciativa que visa conscientizar a população sobre o HIV/AIDS, desmistificar estigmas associados à doença e promover a prevenção.
O HIV/AIDS ainda é um desafio global de saúde pública, com milhões de pessoas em todo o mundo vivendo com o vírus. No Brasil, de acordo com dados do Ministério da Saúde, a taxa de detecção de novos casos de HIV aumentou nos últimos anos, destacando a necessidade urgente de conscientização e prevenção. A campanha Dezembro Vermelho tem como objetivo principal educar a sociedade sobre as formas de transmissão do vírus, combater o estigma associado às pessoas vivendo com HIV/AIDS e incentivar a realização periódica do teste para diagnóstico precoce. Diversas ações estão programadas para o mês, incluindo palestras em escolas, empresas e unidades de saúde, distribuição de preservativos em locais estratégicos, e campanhas nas redes sociais com a hashtag #DezembroVermelho. Centros de saúde em todo o país oferecerão testes de HIV gratuitos, facilitando o acesso da população ao diagnóstico.
Outro dado interessante, ressaltado por profissionais envolvidos com a campanha, é que, ao longo de mais de três décadas de pesquisas na área farmacêutica, observa-se uma queda na resistência aos medicamentos utilizados no tratamento do HIV. Essa é uma notícia bastante positiva, já que as novas drogas vêm contribuindo significativamente para aprimorar a qualidade de vida das pessoas com o vírus, resultando na diminuição progressiva tanto no número de medicamentos quanto nos efeitos colaterais.
Quem já nos falou sobre o assunto foi o médico infectologista Dr. Marcus Vinícius M. Miranda, que destacou o avanço do tratamento contra a doença. “O HIV é uma doença crônica, em que o paciente, estando com boa adesão, torna o tratamento ainda mais fácil, porque o remédio é de grande eficácia. A gente não se preocupa tanto, por exemplo, com a possibilidade de efeitos adversos e a interação medicamentosa fazerem prejuízo de saúde ao organismo do paciente em tratamento. A indústria farmacêutica evoluiu tanto que trouxe para a gente medicamentos com pouquíssimos efeitos adversos e com uma eficácia enorme no tratamento do HIV. É importante que o paciente faça uso de um grupo de medicamentos da classe dos antirretrovirais, a fim de bloquear a multiplicação do vírus no organismo para, assim, atingir a estabilidade clínica”, disse o médico, ressaltando a importância do acompanhamento profissional ao longo desse processo.