Mesmo em casa, as férias podem ser divertidas para pais e filhos
Depois de um longo período de muito estudo, é hora do merecido descanso. Mas o período de férias não precisa significar o abandono da vida ativa. Muito pelo contrário! O momento das brincadeiras pode e deve ser aproveitado para a realização de atividades físicas de forma criativa e divertida. É hora de ficar menos tempo diante das telas e mais tempo em movimento. Mas como as férias podem proporcionar momentos divertidos e saudáveis? O profissional de Educação Física e docente da Universidade Sociedade Educacional de Santa Catarina (Unisociesc), Marcos Antônio Fari Junior, aposta na combinação de brinquedos, movimentos e nos efeitos positivos que as atividades físicas provocam.
Encarar a prática de atividade física como uma obrigação pode realmente se tornar chato. Porém, as crianças podem lançar mão do lúdico e de toda a sua criatividade para criar brincadeiras que serão igualmente saudáveis para o corpo e para a mente. Os chamados brinquedos ativos são aqueles que convidam às crianças para se movimentarem. A infância é um período de muito movimento, de descobertas e de energia. Qualquer estímulo já é o suficiente para colocar uma criança para se mexer. Por isso, é importante que os pais ou os responsáveis tentem controlar o tempo de tela nesse período de férias e, claro, incentivar as brincadeiras ativas. Até mesmo os jogos eletrônicos podem ser alternativas interessantes, desde que sejam aqueles que estimulem o movimento, como os jogos de dança, por exemplo.
Em um primeiro momento, a prática de atividade física é importante para a saúde, garantindo mais qualidade de vida. Mas, para as crianças e os adolescentes, além desse benefício e de auxiliar na prevenção e na redução da obesidade infantil, essa prática é importante para a construção de uma vida adulta mais ativa, com mais saúde e menos comorbidades no futuro.
As vantagens ainda vão além. Segundo Marcos Antônio, para as crianças pequenas a prática de atividade física é fundamental para o crescimento físico, o desenvolvimento motor e também o desenvolvimento cognitivo. “A criança vai se ambientando e se familiarizando com as primeiras noções sobre o espaço, sobre orientação espacial. Isso lá na frente vai ajudar a acelerar o processo da alfabetização, a conseguir perceber a diferença entre as letras minúsculas p e b. Além disso, tem a importância da atividade física para o desenvolvimento de habilidades socioemocionais. As brincadeiras e os jogos na infância são cruciais também para a saúde mental das crianças e dos estudantes”, explica o especialista.