Ginecologista e sexóloga afirma que as novas tecnologias trazem mais conforto e segurança
O sexo e a sexualidade durante a gravidez ainda são considerados tabus para muitos casais. Em alguns casos, as dificuldades, medos e crenças fazem com que as relações sexuais sejam evitadas. Embora a gravidez seja um momento mágico para o casal, ela também traz inúmeras mudanças físicas, psicológicas e sexuais, e muitas mulheres se sentem desconfortáveis e inseguras com as mudanças que ocorrem no corpo, afetando a autoimagem e a interação com o parceiro. É importante entender que esse período é uma fase de transição, e isso pode ser um momento interessante para estabelecer um novo olhar sobre a sexualidade e desenvolver um equilíbrio e adaptação do casal.
É o que afirma a médica ginecologista e sexóloga Dra. Karlla Haddad. “O sexo e a gestação combinam, desde que não haja contraindicações do médico obstetra. É importante buscar posições prazerosas e confortáveis e vivenciar essa experiência em sua totalidade, inclusive tendo orgasmo. É essencial destacar, principalmente para os homens, que as relações sexuais não prejudicam o bebê, que está protegido dentro do útero. As preliminares, o sexo oral e o orgasmo são momentos de redescoberta, afeto e carinho entre ambos. Quando há contraindicações apontadas pelo obstetra, as preliminares e o sexo oral ganham um papel fundamental na interação do casal, o que inclui o orgasmo. Além disso, é importante lembrar que a libido pode mudar de acordo com as fases da gestação: no primeiro trimestre, devido à ansiedade, medo de aborto, náuseas e mal-estar, a vontade pode ser menor; no segundo trimestre, a mulher geralmente se adapta melhor às alterações da gravidez, o enjoo e os vômitos normalmente cessam, e a libido volta ao normal; no terceiro trimestre, a atividade sexual é reduzida devido ao maior volume abdominal, aumento do peso, movimentação fetal e medo e/ou ansiedade pelo parto. No entanto, muitas mulheres conseguem ter relações sexuais até o final da gestação, e isso é ótimo”.
Após o parto, chegamos ao puerpério, um período repleto de desafios e novas experiências, como lembra Dra. Karlla. “Há novas mudanças no corpo, hormonais, psíquicas e mentais, e a dinâmica familiar se altera com a chegada do bebê. É necessário prestar atenção, pois a mulher tende a se esquecer de si mesma e priorizar apenas o filho (a) – momento em que a maioria das queixas sexuais surge. É importante lembrar que você é uma mulher, esposa e agora também mãe. Uma não anula a outra. É necessário conversar com o parceiro, manter a intimidade, os beijos e as carícias. Vocês devem passar por todas as fases juntos, e isso vale para os homens também. Eles devem ser parceiros e ajudar as mulheres, que muitas vezes estão sobrecarregadas. Assim, ambos caminharão juntos e a intimidade não esfriará. Tudo começa com a mente, e a mulher deve preparar-se para o sexo após a chegada do filho, pois ele não é um substituto do amor do pai, mas sim, um novo amor. Exercitar o ‘amor mulher’ para com o parceiro é o grande ingrediente desta mistura maravilhosa. Devido a tudo isso, a dor na relação (dispareunia), o ressecamento vaginal e a falta de lubrificação são as queixas mais comuns no meu consultório neste período. Apesar da reavaliação das prioridades de cada família, hoje é possível manter a rotina sexual prazerosa e com menor desconforto utilizando a minha plataforma Spectra Medic. Com ela, utilizo a radiofrequência não ablativa, que é indolor e sem downtime – ou seja, pode ter relação no mesmo dia – e a bioestimulação com leds de altas potências, que ajudam as mulheres a retornar a uma vida sexual ativa com mais conforto e prazer no pós-parto, devolvendo a elasticidade do colágeno local, aumentando a lubrificação, diminuindo os incômodos e dores e reestabelecendo o equilíbrio do casal”.