Dentre os sintomas mais frequentes que antecedem um Acidente Vascular Cerebral (AVC), popularmente conhecido como derrame, estão uma dor de cabeça repentina e persistente, sensação de mal-estar, alteração da fala, distúrbio da sensibilidade, tontura ou vertigem e perda do campo visual. ocorre o AVC. “O AVC acontece quando há uma interrupção de fluxo de sangue para alguma parte do cérebro. Com isso, os neurônios deixam de receber oxigênio e podem ser danificados ou morrer. Pessoas que sofrem com labirintite, por exemplo, devem ficar em alerta, pois pode evoluir para um quadro de AVC”.
Ainda segundo Dr. Romário, existem dois tipos de AVCs, o AVC hemorrágico e o AVC isquêmico. O primeiro ocorre quando há o rompimento de um vaso que leva sangue ao cérebro, provocando uma hemorragia no órgão. Já o segundo é considerado o tipo mais comum e, neste caso, um coágulo impede a passagem do sangue no vaso ou artéria, impedindo o fluxo para o órgão. Os sintomas nos dois casos podem ser os mesmos, o que deverá ser levado em conta para o diagnóstico será a intensidade em que ocorrem os sinais.
A rapidez em receber o atendimento é um fator importantíssimo para diminuir o risco de morte e de sequelas severas, o que, de acordo com Dr. Romário, nem sempre é possível. “Se for treinado, o profissional da emergência consegue identificar os sintomas, porém nem sempre isso acontece e alguns pacientes vem a óbito. Outro fator relevante é que o exame que é feito para detectar o AVC é a tomografia, por ser mais rápido, no entanto, não é em todos os casos que se consegue detectar. O exame mais eficaz é a ressonância, mas o resultado demora um pouco mais para ficar pronto. Além disso, não são todos os hospitais que contam com este equipamento”.
Apesar de menos frequente, o AVC hemorrágico é o que mais causa mortes. As principais causas desse tipo de AVC são a pressão alta descontrolada e a ruptura de um aneurisma. Em muitos casos, relatou o neurologista, o paciente vem a óbito antes mesmo de chegar ao hospital. “50% dos pacientes que têm um aneurisma morrem antes de receber o atendimento médico. E para os que conseguem chegar com vida, é comum que o neurocirurgião opte por utilizar uma DVE para evitar danos cerebrais maiores devido à pressão exercida quando esse líquido que se chama líquor sai do seu local inicial (entre o cérebro e a meninge que o envolve chamada Pia-máter), fazendo assim com que a pressão intracraniana aumente. Após a inserção desse cateter, ele é conectado à um sistema de drenagem externa, para que o excesso de líquor seja drenado, fazendo assim a regularização do balanço de líquido e a possível reparação ao dano”.
Ao apresentar qualquer um dos sinais relatados acima, procure um neurologista e faça um tratamento de prevenção.