Pets x Saúde Mental

Pets x Saúde Mental
Dra. Lina Goulart, da Procamp
Ter pets em casa pode contribuir para a melhoria da saúde mental. É comprovado pela ciência que os bichinhos ajudam a reduzir o estresse, a ansiedade, a depressão, a síndrome do pânico, entre outros sintomas. Isso porque quem tem um animal por perto nunca se sente sozinho e também terá sempre uma atividade para fazer. Os pets têm o poder de deixar seus tutores mais felizes. Pessoas que convivem com animais de estimação geralmente possuem maior autoestima. Para abordar o assunto, ouvimos a médica veterinária Dra. Lina Goulart, da Procamp, que destacou as contribuições de ter um animal de estimação. “São muitos os benefícios causados pelos animais. Temos clientes que vêm através de indicações de psicólogos e psiquiatras. Para cada sintoma existe um animal adequado. Um exemplo é para quem tem Síndrome de Burnout, pois os gatos são muito indicados para ajudar no tratamento. Tenho uma paciente que apresentou uma melhora surpreendente em um curto período de tempo depois que adotou uma gata. Os felinos também contribuem para o tratamento de pessoas com esquizofrenia”, disse. Dra. Lina comenta também a relação do cachorro Golden Retriever com as pessoas que têm Transtorno do Espectro Autista – TEA. “Devido à alta sensibilidade que a raça apresenta em detectar emoções, o Golden consegue prever que algo está para acontecer e sabe agir de maneira adequada em cada situação, evitando que uma pessoa com autismo se machuque. Por isso ele é um dos cães mais indicados para a função de cão terapeuta”, explicou. Durante a pandemia, de acordo com a veterinária, houve um boom nas adoções e na venda de animais, já que as pessoas precisaram passar um bom período em isolamento e decidiram optar pela companhia de um pet para amenizar a solidão. “Falamos muito em adoção de gatos e cachorros por ser mais comum, mas outros pets também foram e são procurados, como pássaros, peixes e etc. Na época da pandemia, a procura foi muito grande. Outro dia mesmo um cliente esteve aqui e deixou o gato para fazer uma avaliação e disse: cuide bem do meu amigo, ele foi meu grande companheiro durante o isolamento. Mas temos outros casos envolvendo outros bichinhos”, acrescentou. Por fim, Dra. Lina lembrou que antes de adotar um animal, deve-se levar em conta os custos que ele trará e o tempo de dedicação ao mesmo. Além da alimentação, os tutores terão outros gastos, como idas ao pet shop para banhos e tosas, vacinas, visitas ao veterinário, remédios e possíveis imprevistos. Antes de adotar, certifique-se de que você pode arcar com todos esses investimentos. “Os animais costumam adquirir as características da família que o adota, no entanto, na hora de adotar, algumas questões devem ser observadas. Uma pessoa que mora em um espaço menor, por exemplo, deve evitar um animal de grande porte. O pet precisa acompanhar o estilo de vida da família. O filhotinho vai crescer, vai envelhecer, terá dificuldade de locomoção, provavelmente dificuldade visual. Se o dono vai viajar, precisa deixá-lo em algum lugar seguro, se vai mudar tem que ser para um local adequado para ele. Muitas coisas devem ser levadas em consideração antes da adoção”.