Houve uma época em que a fisioterapia parecia ocupar pouco espaço na área da saúde, mas hoje o cenário é completamente diferente. Ao longo dos últimos anos, a profissão experimentou um notável crescimento em nosso país, resultando na ampliação do número de especialidades, bem como na presença de fisioterapeutas em diversos setores da saúde, incluindo ambientes hospitalares, academias e clínicas em geral.
Esse crescimento ganhou ainda mais notoriedade no contexto da pandemia, onde a procura pelo fisioterapeuta hospitalar e respiratório cresceu mais de 700%, de acordo com levantamento feito pela revista Exame. Tal demanda, contudo, não se limitou aos hospitais: após a Covid-19, muitos pacientes tiveram que buscar a assistência de fisioterapeutas para realizar um trabalho de reabilitação, visando combater as sequelas deixadas pelo vírus.
Tudo isso explica porque a fisioterapia vem chamando a atenção de jovens estudantes em todo o país, figurando no ranking dos 10 maiores cursos de graduação do Brasil na atualidade. Só na rede privada, por exemplo, ela registrou mais de 130 mil alunos em 2021, ficando à frente de cursos como odontologia, farmácia e pedagogia, conforme as estatísticas do Censo da Educação Superior.
Quem tem visto esse crescimento de perto é a Fisioterapeuta Nilda Albernaz. Especialista em Fisioterapia Traumato-Ortopédica, Osteopata D.O, com formação na abordagem SEAS e RPG Souchard, ela é professora no curso de Fisioterapia do Isecensa, além de instrutora do método Pilates. Com essa experiência, ela analisa a evolução do ensino da fisioterapia, que vem sendo marcado por grandes transformações nas últimas décadas.
“Na minha experiência como docente de um curso de fisioterapia, vejo como hoje a formação é melhor e mais completa do que na época em que fiz a minha graduação. A fisioterapia cresceu bastante e hoje ainda temos a tecnologia como aliada nas nossas aulas. A formação como fisioterapeuta abrange diversos métodos e abordagens dentro das diferentes disciplinas e com isso se busca colocar o aluno no mercado de trabalho. Os alunos que estão dentro de uma boa instituição de ensino têm contato com o que há de mais atual dentro das diversas áreas e abordagens”, ressalta Nilda.
Apesar de todo esse crescimento, o mercado de trabalho é repleto de desafios para os jovens recém-formados, que precisam de educação contínua para se destacarem na profissão. “Os desafios que os acadêmicos enfrentam no geral são os mesmos. Diversos profissionais da área da saúde vão ter dificuldade em conseguir se estabelecer na sua profissão. São vários os fatores que contribuem para isso, abrangendo até a crise em nosso país. O que aconselho aos meus alunos é que o que faz essa mudança acontecer na vida profissional é o estudo, a pesquisa, as atualizações e o comprometimento com a profissão. Esse profissional vai ser diferenciado e vai conseguir conquistar o seu espaço”, alertou Nilda, que se demonstra esperançosa com os rumos dessa área de atuação. “A fisioterapia é uma profissão que me encanta, o reabilitar, o tratar, o cuidar… O crescimento virá, as mudanças vão acontecer, porque é uma área de constante crescimento e está em evolução. A ciência não é estática e vai sempre estar em movimento, aperfeiçoando os nossos conhecimentos e modificando velhos conceitos”, finaliza.