Conheça os riscos do sedentarismo
Já é do conhecimento de grande parte do público os perigos do sedentarismo para um bom funcionamento do corpo, em particular, do sistema cardiovascular, atuando como fator de risco para infarto, acidente vascular encefálico, entre outros. Porém o funcionamento do nosso cérebro também é afetado pela falta de atividades físicas regulares. Estudos recentes apontam que o sedentarismo pode prejudicar o aprendizado, precipitar perda de memória e até mesmo nos tornar mais mal-humorados.
Em entrevista dada ao Mania de Saúde, o médico neurologista e neurocirurgião Dr. Douglas Romano afirmou que isso ocorre devido ao fluxo sanguíneo cerebral estar comprometido pela ausência de substâncias vasodilatadoras liberadas na atividade física e enrijecimento das artérias cerebrais, para listar apenas algumas situações. “A falta de atividade física está diretamente relacionada com dor na coluna, o sedentarismo fragiliza o sistema muscular e esquelético, levando a uma sobrecarga na coluna, tornando o paciente propenso a ter dores na coluna. A prática de atividade física previne e reabilita pacientes com dores na coluna, conceito já defendido por Hipócrates na antiguidade. Músculos fracos tendem a atingir a fadiga mais facilmente e, portanto, maior dificuldade para manter a coluna em seu alinhamento adequado e com maior probabilidade de lesões. Em geral, pacientes jovens sem qualquer sintoma podem realizar atividade física leve com acompanhamento profissional adequado. Porém, para a grande maioria das pessoas, um check up com o médico é primordial para realizar atividade física de forma adequada, sem risco de complicações mais sérias, como danos musculares ou até mesmo lesões mais graves. Sempre ressalto quanto à prática de exercícios acompanhada de profissional capacitado. E, ao menor sintoma, deve-se procurar seu médico para diagnóstico e tratamento adequado”.
Para Dr. Douglas Romano, a expressão “corpo são e mente sã” é verdadeira. “Vivemos em um mundo moderno, onde o excesso de informação e os prazos cada vez mais curtos para realizar nossas tarefas provocam uma sobrecarga mental e emocional. Levando em conta a pandemia, o cenário se tornou ainda pior. Sempre oriento aos meus pacientes para a prática de hábitos saudáveis para superar as doenças (atividade física, uma boa leitura, momentos alegres com familiares e amigos), pois, independente do tratamento disponível na medicina ocidental moderna, a capacidade para enfrentar as adversidades da vida vem da forma como as enfrentamos”.