Professor viraliza nas redes com trabalho inclusivo
A relação entre professor e aluno é especial e todos sabemos disso. Todo mundo tem um que marcou a sua vida, deixou saudades, ensinou uma lição importante. Esses profissionais, mesmo não tendo a valorização devida, se esforçam para educar nossas crianças. E alguns vão além.
É o caso de Júlio Gonçalves Barbosa, professor de Educação Física na cidade de Porto Velho, em Rondônia. Em entrevista ao Mania de Saúde, ele conta um pouco sobre como começou sua jornada na profissão e, ainda, a diferença que seu trabalho tem feito na vida de crianças atípicas, que necessitam de alguma atenção especial.
O professor Júlio, que trabalha em uma escola da zona rural de Porto Velho, viralizou nas redes sociais através de um vídeo com o aluno Luiz Henrique, de nove anos, que tem um tipo de paralisia cerebral. Mas iniciamos nossa conversa falando do seu início na docência. “Sou Profissional de Educação Física há 13 anos. Atuo na área do Fitness com treinamento voltado para hipertrofia, emagrecimento, qualidade de vida, condicionamento físico em geral. Também sou Professor em uma escola da Rede Pública Municipal de Ensino, atuando com a Educação Física Escolar. Lá eu recebo alguns alunos com algum tipo de atenção especial, tornando a Educação Física inclusiva como ela é. A partir dos seis meses de vida se pode iniciar suas práticas com natação para bebês e os benefícios vão além de um pleno desenvolvimento motor nas suas mais diversas valências físicas a um maior vínculo afetivo”, disse.
O trabalho de inclusão não é fácil, mas é extremamente gratificante, como destaca o professor. “Ao receber algum aluno que demanda algum tipo de atenção a mais, vou logo procurando saber quais são os potenciais deste aluno e nunca por suas limitações. É em cima dos potenciais que saberei direcionar as aulas. Nem sempre saberei como incluir em um primeiro momento, não é por isto que vou desistir, pois, quando vem os primeiros acertos, a alegria toma conta e torna o trabalho valoroso e gratificante. Recentemente, resolvi postar o trabalho que vem sendo realizado na escola com o aluno Luiz Henrique (9 anos), que tem Encefalopatia Discinética, um tipo de paralisia cerebral. O vídeo se tornou viral e tem repercutido de forma muito positiva. Tenho recebido mensagens do Brasil inteiro e de outros países também. O vídeo vai além de uma aula inclusiva, ele leva mensagem de superação e muita esperança. Pais e mães de crianças atípicas se emocionaram com a história e me emocionaram também. A repercussão é fruto de um trabalho feito com dedicação e coração, independente dos números expressivos das redes sociais”, finaliza Júlio.