Perda de urina tem tratamento, afirma Dra. Jane Carla
Com o aumento da expectativa de vida nos últimos anos, as mulheres estão vivendo muito mais no período pós-menopausa e os sintomas do hipoestrogenismo (queda de estrogênio) tornam-se cada vez mais acentuados para a saúde feminina. Neste período, ocorrem mudanças na pele e na estrutura vaginal decorrente desta carência estrogênica e ao processo natural do envelhecimento, sendo o sintoma geniturinário (SGU) uma das principais queixas e com impacto significativo sobre a qualidade de vida dessa população.
“A insuficiência urinária de esforço possui uma etiologia multifatorial, a idade e o estado hormonal são os fatores mais frequentes para manifestação de sintomas geniturinários”, afirma a médica ginecologista Dra. Jane Carla. “A síndrome geniturinária (SGU) da menopausa é descrita como um conjunto de sintomas que resultam da diminuição do estrogênio e outros hormônios sexuais no período climatérico. Os sintomas associados à síndrome geniturinária pioram com a idade e não regridem sem intervenção, levando essas mulheres a um tempo de sofrimento prolongado e silencioso, por não terem conhecimento que esses sintomas podem ser minimizados. As mulheres submetidas a cirurgias com retirada dos ovários, que fazem tratamento hormonal para endometriose, miomas uterinos, com câncer de mama e endométrio que não podem fazer uso de hormônio e as que sofreram danos anatômicos no tecido vaginal por quimioterapia e radioterapia são mulheres propensas a essa síndrome”.
Segundo Dra. Jane, esses sintomas se dividem em genitais e urinários, tais como secura em vagina e vestíbulo vulvar, ardor, desconforto e irritação vulvovaginal, diminuição da lubrificação e da libido, dor no ato sexual (dispareunia), urgência urinária, aumento da frequência urinária (polaciúria), dor ao urinar (disúria) e infecção urinária de repetição. “Com o envelhecimento e menopausa ocorrerá decréscimo da elasticidade vaginal, facilidade de sangramento vaginal no ato sexual, queda de colágeno, elastina e ácido hialurônico e redução da vascularização, mudança da flora vaginal com alteração da população de lactobacilos e, consequentemente, pH vaginal, o que causa aumento da flora bacteriana local. Várias são as estratégias terapêuticas para melhorar a qualidade vaginal e restabelecer a função uretral para proporcionar melhor qualidade funcional e de vida. Desde tratamentos hormonais com estrogênio e androgênios, tratamentos não hormonais como os lubrificantes e hidratantes vaginais de longa duração e métodos físicos como a radiofrequência e o laser”.
Finalizando, a médica fala sobre como a tecnologia pode ajudar no tratamento. “O FRAXX e o Laser produzem um efeito térmico que estimula as células à produção de colágeno e elastina com contração imediata e efetiva das fibras de colágenos, realizando neocolagenese e posterior modificação do tecido local com melhora também da vascularização, da flora local e contratura tecidual. E melhora efetiva da mucosa vaginal e uretral, ajudando a restabelecer a função local, associado ou não ao tratamento local. Mas que fique bem claro que vários são os fatores de risco para o desenvolvimento da incontinência urinária e precisa de uma avaliação cuidadosa e criteriosa do médico ginecologista e\ou urologista para definir o tipo de incontinência e a melhor solução terapêutica a ser instituída”.