Certa vez, ao entrar na sala do Dr. Heitor Antonio da Silva, quando dirigia a então Faculdade Redentor (que ainda nem havia se tornado Centro Universitário), flagrei-o escrevendo um texto em… grego. Ao me ver, ele logo foi interrompendo a tarefa para iniciarmos uma entrevista para o jornal mas, obviamente, não permiti: quis saber o motivo, razão e circunstância daquela cena inusitada e, além de descobrir que ele ministrava o idioma em um curso teológico, acabei recebendo uma aula fabulosa sobre a antiguidade. Uma tarde memorável, é claro. De outra feita, estava eu no Laboratório Plínio Bacelar, fazendo uma de nossas tradicionais entrevistas de aniversário, quando instiguei Dr. Carlos Bacelar a contar-me um pouco mais da história da empresa e do Dr. Plínio Bacelar, mesmo já tendo finalizado meu trabalho. Foram longos minutos em que me senti participante de todo um passado histórico que só a memória de quem viveu tudo tão de perto, como ele, poderia repassar. Outra tarde memorável, evidentemente. Tenho uma coleção enorme de cenas como essas, que vivenciei com os mais diferentes profissionais. Trago-as aqui porque me remetem, diretamente, a tudo o que aprendi no convívio com Sylvio Muniz, fundador do Mania de Saúde, quando passava horas em sua sala ouvindo-o sobre diversas passagens de sua vida ou sobre o próprio veículo que ele tanto amava. Ali entendi não apenas porque o Mania de Saúde se tornara tão querido pelos leitores e anunciantes, como também o motivo de o jornal colecionar uma série de parcerias longas e ininterruptas, fato incomum no jornalismo brasileiro, especialmente no interior. O motivo era simples: conexão. A palavra que hoje está na boca de 10 em cada 10 vendedores de cursos no Instagram já era prática do Mania de Saúde desde o nascedouro. Quem conheceu Sylvio Muniz sabe do que estou falando: a forma como ele se envolvia com cada assunto ou cada pessoa era surpreendente. Com toda aquela elegância que lhe era característica – junto a um carisma e um bom humor inigualável – Sylvio efetivamente absorvia a história dos outros como se fossem suas – e só a partir daí guiava o seu trabalho, que ia muito além da mera produção noticiosa do dia a dia. Isso significava, na prática, tomar as dores do outro, acolher suas expectativas e anseios, a fim de realmente entender sua visão de mundo. O resto era consequência. Esse jeito peculiar fazia com que todos se sentissem, de fato, acolhidos pelo Mania de Saúde – e era este o legado que Sylvio Muniz mais se preocupava em transmitir aos seus colaboradores. Não se tratava, portanto, de vincular um anúncio ou reportar uma novidade apenas, mas entender a trajetória de cada profissional, com o máximo de respeito e empatia. Talvez seja esta a chave para entender toda a série de depoimentos carinhosos e comoventes que recebemos nessa edição de aniversário, dos mais variados parceiros e clientes, sempre manifestando a assertividade do Mania de Saúde naquilo que se propõe a fazer. Todos, por exemplo, foram unânimes em atestar não só a qualidade jornalística do nosso mensário, mas a forma pioneira com que, há 32 anos, ele se tornou o primeiro e maior veículo especializado em marketing médico do interior do estado do Rio de Janeiro. Em tempos de fake news, conteúdos padronizados e textos robóticos, garanto que nenhum elogio comoveria Sylvio Muniz mais do que este – e ele, decerto, sorriria em silêncio, lembrando que todo esse esforço tem uma única razão de ser: ele é inteiramente para vocês.