Andréa Muniz
Jeremy Bullmore, um executivo do grupo de agências WPP, observou que a publicidade tem o poder de entregar “uma fama curiosamente indiscriminada que transcende seu setor de mercado específico”
O assunto de hoje é delicado. Uma situação que passei ao atender uma cliente, dona de um grande empreendimento na cidade. Vou ocultar o nome, pois a relevância, neste caso, é exatamente o teor do nosso diálogo.
Fui atender a cliente e, como é de praxe, após os cumprimentos, perguntei sobre a satisfação dela em estar anunciando no Mania. E ela começou a dizer que, no período em que ela estava anunciando, percebeu o reconhecimento dela e de seu empreendimento através de mensagens, ligações e comentários feitos em eventos sociais, que fechou alguns negócios através do seu anúncio (propaganda) em nosso mensário, mas que estava na dúvida se iria renovar o contrato. E vocês podem imaginar o motivo da dúvida? Na verdade, nem eu imaginava ouvir a resposta dela, em 25 anos junto ao Mania, foi a primeira vez que ouvi este tipo de (des) motivação.
Ela me disse que estava sem graça em fechar novamente a nossa parceria, diga-se de sucesso, por causa de uns amigos que ficaram questionando-a sobre a suntuosidade da programação dela no Mania (abrindo parênteses aqui, até eles perceberam dessa forma), e não ter fechado nada com outro veículo de comunicação na cidade. Sério, eu ouvi isso!
A minha resposta para ela foi que, se o Mania de Saúde estava dando o reconhecimento e o status que ela almejava, que ela continuasse em nossas páginas e fizesse também uma programação com o outro veículo. Mas ela me respondeu que não queria fazer e ficava sem graça em fazer com a gente por ser muito amiga deles… Particularmente, eu entendo o desconforto dela enquanto pessoa e amiga, mas daí sacrificar o próprio negócio? Então, fazendo alusão ao antigo ditado de autor desconhecido: “Amigos, amigos. Negócios à parte”.
Estou de acordo com o ditado e deixo o alerta para nossas vidas práticas: não confundamos as diferentes áreas de nossas vidas. Dessa forma, poderemos evitar os fracassos das mesmas por expectativas, por exemplo. Mantendo um certo equilíbrio, afinal, a saúde de nossos negócios é um dos pêndulos da roda da vida que nos equilibram nas outras áreas, não é mesmo?
Aliás, esse assunto me mostrou a necessidade de ajudar as pessoas a entenderem um pouco melhor o processo de branding. Prometo abordar o assunto na próxima edição e revelar algumas verdades e mentiras sobre ele, ok?
Mania de Saúde pra você também!