ProntoCardio – Saiba o que a endoscopia pode fazer por você!

ProntoCardio - Saiba o que a endoscopia pode fazer por você
O médico gastroenterologista Dr. Rodrigo Garcia de Faria

Você sem dúvidas já deve ter ouvido falar em endoscopia, mas será que realmente sabe como ela funciona? Quais são os mitos e as verdades em torno deste exame? Para abordar o assunto, fomos até o Centro Médico ProntoCardio e conversamos com o médico gastroenterologista Dr. Rodrigo Garcia de Faria. Graduado pela Faculdade de Medicina de Campos – FMC, gastroenterologista pela Universidade Federal Fluminense (Hospital Universitário Antônio Pedro), Membro Titular da Federação Brasileira de Gastroenterologia – FBG, Membro da Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva – SOBED e preceptor de gastroenterologia da UniRedentor/Afya, ele revela como é feito o exame.

“A Endoscopia Digestiva Alta (EDA) é realizada por meio de um tubo flexível, inserido pela boca do paciente, onde o médico avalia a mucosa do esôfago, do estômago e do duodeno (primeira parte do intestino delgado), permitindo identificar alterações como esofagite, estenose, varizes esofágicas, tumores, gastrites, úlceras, sangramentos, dentre várias outras alterações, incluindo a pesquisa da bactéria Helicobacter pylori, que pode se alojar no estômago, podendo levar à gastrite, úlcera e até mesmo câncer gástrico”, diz Dr. Rodrigo. “A endoscopia favorece o diagnóstico dessas e muitas outras doenças, sendo uma peça-chave em nossa área de atuação”.

Ainda assim, boa parte do público costuma ter medo do exame, achando que ele é desconfortável. Mas, como afirma o médico, isso não passa de mito quando o exame é realizado em um ambiente adequado e uma equipe capacitada. “A endoscopia é feita sob sedação tópica, onde utilizamos um spray na boca do paciente, a fim de anestesiar a garganta. Além disso, há uma sedação venosa, que não é anestesia, mas sim uma sedação leve, na qual o paciente na maioria das vezes não sente qualquer desconforto ou dor quando bem aplicadas as medicações de sedoanalgesia”, conta Dr. Rodrigo. “O exame leva de 15 a 20 minutos, exige um jejum de aproximadamente seis horas e é importante o paciente vir acompanhado porque ele fica sonolento e não pode fazer nada que precise de sua atenção, como dirigir, por exemplo”, orientou.

Para exemplificar a importância da endoscopia, Dr. Rodrigo cita a Doença do Refluxo Gastroesofágico (DRGE), onde o refluxo do conteúdo gastroduodenal vai para o esôfago e órgãos adjacentes, provocando sintomas típicos como azia e regurgitação, além de sintomas atípicos como rouquidão, pigarro, tosse, pneumonia, otite, sinusite e até perda do esmalte dentário, sendo uma doença bastante comum na atualidade. “A endoscopia ajuda a investigar diversas complicações da Doença do Refluxo, incluindo aí o Esôfago de Barrett, uma alteração da mucosa do esôfago capaz de elevar em torno de 50 vezes a chance de o paciente vir a ter câncer de esôfago”, ressalta Dr. Rodrigo.

Além de favorecer o diagnóstico de várias doenças, bem como a realização de biópsias, a endoscopia também é utilizada para diversos tratamentos, auxiliando pacientes cirróticos com varizes de esôfago na realização de ligadura elástica ou pacientes com dificuldade de fazer a alimentação oral adequada, assim na realização de uma gastrostomia. Mas não para por aí: ela também vem despontando com métodos inovadores para quem busca perder peso, beneficiando em muito o processo de emagrecimento, como o uso de balão intragástrico, plasma de argônio para quem reganhou peso após a cirurgia bariátrica e a gastroplastia endoscópica (bariátrica por endoscopia).

“Um exemplo, nesse sentido, é o balão intragástrico, que é implantado no estômago do paciente para dar uma saciedade precoce e fazer com que ele se alimente menos. O procedimento é feito sem cortes, sem cirurgia e o paciente vai embora no mesmo dia, tendo uma perda de peso em média de 20% do peso inicial”, destaca Dr. Rodrigo. “O balão intragástrico pode ser realizado em clínicas ou hospitais, sendo que o ambiente hospitalar oferece maior segurança na realização do procedimento, devido à sua estrutura. Sendo assim, o Hospital Geral ProntoCardio acaba dando todo o suporte necessário para o paciente, além de gerar maior conforto e comodidade, permitindo a realização desse e de outros tratamentos de forma tranquila e segura”, concluiu.