Objetivo é conscientizar a população feminina e apoiá-las no enfrentamento a este tipo de câncer
O câncer de útero é o terceiro mais frequente entre a população feminina no país (atrás do câncer de mama e de colorretal) e a quarta causa de morte de mulheres. Diante deste cenário, o Ministério da Saúde lançou a campanha Março Lilás com o objetivo de conscientizar a população sobre o tema e ajudar no enfrentamento do câncer de colo do útero.
Para o ano de 2023, por exemplo, foram estimados 17.010 casos novos, o que representa um risco considerado de 13,25 casos a cada 100 mil mulheres, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca). Com a campanha, o Ministério da Saúde pretende fazer com que este número seja reduzido e as mulheres conheçam as principais formas de cuidados, além de alertá-las sobre os sintomas iniciais da doença. Para tanto, a pasta disponibiliza desde orientações de prevenção, acompanhamento ambulatorial, exames diagnósticos até os procedimentos cirúrgicos, quimioterapia e radioterapêuticos por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), gratuitamente.
Também chamado de câncer cervical, o câncer do colo do útero é provocado pela infecção persistente por alguns tipos do Papilomavírus Humano – HPV, os chamados oncogênicos. A infecção genital por esses vírus é muito frequente e, na maioria das vezes, não causa doença. São sexualmente transmissíveis e podem causar lesões na vagina, colo do útero, pênis e ânus. Em alguns casos, ocorrem alterações celulares que podem evoluir para o câncer. Essas alterações são descobertas facilmente no exame preventivo – conhecido também como Papanicolau – e são curáveis na maioria dos casos. Por isso, é importante a realização periódica do exame preventivo. O câncer do colo do útero é uma doença de desenvolvimento lento, que pode não apresentar sintomas na fase inicial.
A principal forma de prevenção é a vacina contra o HPV, disponível para meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos, em todas as Unidades de Saúde da Família, podendo prevenir 70% dos cânceres de colo do útero e 90% das verrugas genitais. Outra forma de evitar a doença é diminuir o risco de contágio pelo HPV, que ocorre por via sexual, com o uso de preservativos durante a relação. Além disso, o exame preventivo deve ser feito periodicamente por todas as mulheres após o início da vida sexual, pois é capaz de detectar alterações pré-cancerígenas precoces que, se tratadas, são curadas na quase totalidade dos casos, não evoluindo para o câncer. A campanha, então, é uma boa oportunidade para fazer um check-up e iniciar a prevenção. Cuide-se!