Faça seu filho comer bem!

Faça seu filho comer bem!Uma questão que sempre preocupa a maioria dos pais diz respeito aos hábitos alimentares dos filhos. Afinal, com a correria do dia a dia, nem sempre é fácil garantir que a criança ou o adolescente consuma alimentos saudáveis e naturais, sobretudo em um mundo onde os produtos industrializados estão cada vez mais presentes. Mas engana-se quem pensa que as dificuldades alimentares das crianças se restringem aos tipos de alimentos disponíveis. Hoje em dia há muitos outros fatores que interferem na qualidade da alimentação dos pequenos e necessitam de atenção.

Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), por exemplo, várias dificuldades alimentares podem estar presentes na infância, como a seletividade, com aquelas crianças que não têm uma variedade adequada de alimentos na dieta por selecionarem os produtos a consumir; a criança que tem um perfil de comportamento agitado, que não se concentra no momento da alimentação por estar mais curiosa pelo ambiente; a criança com medo de se alimentar por ter passado por experiências negativas em relação à alimentação; a criança apática ou depressiva e a criança com algum processo orgânico ou doença que leva ao baixo apetite, entre outras.

Em todos os casos, como alerta a SBP, o ideal é a prevenção do problema, que, uma vez instalado, necessita do auxílio do pediatra e/ou nutricionista. Procure-os!

A SBP deixa algumas dicas para os pais ajudarem as crianças a terem prazer em comer. Confira!

Faça seu filho comer bem!* Estabeleça uma rotina alimentar e de sono. As refeições devem ter horários regulares e serem separadas por intervalos de mais ou menos três horas. Evite lanchinhos fora da hora estabelecida. As horas e a qualidade do sono devem ser apropriadas.

* As refeições devem acontecer à mesa e na presença dos pais e irmãos, sempre que possível. De preferência, para crianças pequenas, no cadeirão, para elas se sentirem confortáveis. Se os pais trabalham fora de casa, ao menos o jantar (ou uma das refeições) deve ser feita em família. Seja o exemplo: coma junto, sempre com um prato variado e com muitos legumes e verduras. Demonstre o prazer de comer esses alimentos.

* O prato deve conter porções dos diversos grupos alimentares, evitando a monotonia. Quanto mais coloridos forem os alimentos no prato, melhor será a qualidade e variedade da refeição.

* Faça o prato de acordo com o apetite e a necessidade da criança. Volumes demasiados podem estimular a recusa de imediato e volumes pequenos não vão atender a sua demanda. Se solicitado, atenda ao pedido da criança para repetir o prato, até ela ficar saciada.

* Limite o tempo de duração das refeições, não estendendo por mais de 30 minutos. Tempos muito longos contribuem para a criança ter repugnância ao alimento ou usá-lo como brinquedo ou desprezá-lo ao jogar no chão ou outras atitudes inadequadas. Estimule de forma positiva (e não excessiva) a criança a comer, porém, caso não tenha se alimentado no quantitativo oferecido e adequado, retire o prato sem forçá-la a comer e sem demonstrar irritação ou desgosto.

* É importante evitar distrações como brinquedos, livros, televisão, celulares e tablets durante a refeição. A atenção da criança deve estar voltada para a alimentação.

* Adote uma atitude neutra e agradável durantes as refeições. Não presenteie, elogie ou ofereça alimentos doces quando seu filho come muito ou se alimenta de forma saudável. Ao mesmo tempo, não pressione, puna ou force a comer. Atitudes de recompensa ou castigo não são bem-vindas. Vão somente reforçar a necessidade de novas atitudes. A alimentação não é expressão exclusiva de afeto por seu filho. Antes disso, é uma necessidade, embora deva trazer muita satisfação.

* Confie na saciedade de seu filho. Os pais determinam ONDE, QUANDO e O QUÊ a criança come, desde que seja em ambiente adequado (onde), no momento certo (quando) e escolhas alimentares saudáveis (o quê). Cabe à criança o QUANTO ela come. Preocupe-se com a qualidade da alimentação e não com a quantidade.