Evolução na medicina permite intervenções menos invasivas
Há alguns anos, quando se falava em cirurgia na coluna, logo um sentimento de medo tomava conta do paciente. Afinal, trata-se de uma área extremamente sensível do nosso corpo, e qualquer intervenção era repleta de riscos. Porém, com o avanço da tecnologia dentro da medicina, já é possível realizar operações nesta parte do corpo com os riscos bastante minimizados.
Porém, antes de falarmos sobre estes avanços, é necessário destacar a importância do diálogo entre médico e paciente sobre a real necessidade de cirurgia na coluna. O médico é o profissional que irá determinar quando e que tipo de intervenção será realizada, explicando todos os procedimentos da operação, os cuidados no pós-operatório e os resultados desejados.
Nossa reportagem conversou sobre este assunto com o médico neurologista e neurocirurgião Dr. Ramon Romano, que explica mais sobre como este tipo de procedimento atualmente pode ser encarado sem medo. “A cirurgia da coluna vertebral vem evoluindo nos últimos anos de forma muito veloz, com inovações que levam a um menor período de internação, assim como menor agressão ao organismo do paciente. Técnicas minimamente invasivas, com menores incisões e lesões, principalmente na musculatura dos pacientes, têm crescido a cada dia, sempre optando por procedimentos que muitas vezes dispensam a necessidade de internação hospitalar ou a utilização de anestesia geral. Há poucos anos, as cirurgias de artrodese, que consistem na utilização de parafusos, dominavam como os procedimentos mais indicados. Porém, o que vemos atualmente é uma indicação mais criteriosa, optando por bloqueios ou técnicas minimamente invasivas. A monitorização intraoperatória diminui os riscos de lesões em cirurgias de tumores da coluna vertebral, permitindo ser avaliada, durante a cirurgia, a possível existência de lesão nervosa e, assim, as prevenindo. Temos então um grande horizonte pela frente nas inovações referentes à cirurgia da coluna, mesmo tendo uma grande evolução nos últimos anos, com doenças de difícil tratamento e ainda muito estigmatizadas pela população em geral”.