Radiofrequência vaginal beneficia saúde íntima de inúmeras mulheres
Você sabia que as mulheres vivem mais do que os homens? Pois é. Além de irem mais vezes ao médico, cuidando mais da saúde, fatores genéticos e hormonais também influenciam para que a expectativa de vida das mulheres seja maior do que a dos homens. Por essa razão, entender as mudanças fisiológicas que ocorrem com o avançar da idade é fundamental para obter uma melhor qualidade de vida, especialmente em um mundo onde as mulheres são cada vez mais ativas no mercado de trabalho – e na própria vida sexual.
Para abordar o assunto, o Mania de Saúde ouviu a médica ginecologista e obstetra Dra. Jane Carla Viana Neves Silva, que traz detalhes importantes sobre a saúde feminina, a começar pelas dúvidas existentes quanto à menopausa, que ainda confunde boa parte das mulheres. “As pessoas consideram erroneamente menopausa como sendo o período caracterizado por sinais e sintomas que ocorrem entre 40 a 65 anos e, na verdade, esse período é o climatério e/ou perimenopausa, onde haverá diminuição progressiva da função ovariana até sua falência total”, diz Dra. Jane. “Já a menopausa corresponde doze meses corridos sem menstruar, confirmando a falência ovariana, o que gera diminuição dos hormônios sexuais, promovendo alterações endócrinas, somáticas e psíquicas. Um período que é representado pela passagem da vida fértil para a infértil, envelhecimento biológico e adaptação psicossocial. Os sintomas podem ser transitórios e permanentes: irregularidade menstrual, fogachos, irritabilidade, labilidade emocional, perda da libido, aumento de peso, dificuldade de perder peso, perda de massa muscular, ressecamento vaginal, atrofia do tecido mamário e órgãos genitais, perda de massa óssea, alterações vasculares, entre outras”.
A boa notícia é que, atualmente, a tecnologia vem avançando de forma expressiva na área médica, gerando soluções importantes para os mais diversos problemas. Um exemplo é o FRAXX, uma tecnologia inovadora de radiofrequência, que vem sendo utilizada na vagina e na vulva, auxiliando diversas mulheres a sanarem alguns problemas nessa região, além de promover o chamado rejuvenescimento íntimo. “Quando culmina a falência ovariana acompanhada da diminuição dos hormônios sexuais ocorrem mudanças estruturais na região urogenital como ressecamento, perda urinária, flacidez e perda do poder de elasticidade da vagina, além do aparecimento de flatos vaginais, o que leva grande desconforto para as mulheres na peri e pós-menopausa. Esta tecnologia veio somar o tratamento ao estimular a produção de colágeno da vagina e vulva, melhorando a lubrificação e a elasticidade, promovendo o rejuvenescimento dessa região”, afirma Dra. Jane.
O FRAXX na ginecologia, segundo ela, tem várias indicações, como na atrofia vaginal, no ressecamento vaginal, na melhora da carúncula uretral, das fissuras vaginais, na regeneração vulvar e vaginal, em casos selecionados de prurido vulvar crônico, alguns casos de incontinência urinária perimenopausa, pós-menopausa e no pós-parto, e alguns trabalhos mostram estacionamento do líquen escleroso. Tudo isso, é claro, sempre sob a atenção do especialista, já que o acompanhamento médico é de suma importância nessa e em qualquer outra etapa da vida. “A necessidade de escutar a mulher nesta fase é essencial para o diagnóstico, bem como um bom relacionamento médico-paciente, orientar a função dos hormônios, quais são e por que usá-los, tempo de duração do uso e informar seus efeitos colaterais, além de orientar outras terapêuticas que podem ser instituídas e gerar qualidade de vida e aumentar a autoestima nesta fase da vida extremamente desafiadora”, conclui a ginecologista.
Como se vê, não é só possível como também necessário obter saúde e bem-estar nessa fase da vida. Com isso, a mulher consegue atingir a tão sonhada recuperação da saúde vaginal, além de melhorar a autoestima e a relação consigo mesma. Que tal ser uma delas? Texto produzido em: 13/07/2022