“A memória é uma faculdade maravilhosa e o dom de reavivar o passado é muito mais surpreendente que o dom de prever o futuro”. A sentença de Anatole France parece fazer todo o sentido ao se ouvir o relato de Dr. Carlos Bacelar, diretor do Laboratório Plínio Bacelar, sobre o aniversário da empresa, que chega às oito décadas de existência sendo a grande referência no setor de análises clínicas em nossa região.
Ele falou, à nossa reportagem, como iniciou sua história dentro do laboratório, além da relação com o pai, Dr. Plínio Bacelar da Silva, cuja visão progressista já indicava o sucesso a ser alcançado pela empresa ao longo do tempo. “Comecei no laboratório em 1966, mas, na verdade, acompanho desde criança, pois vivi boa parte da infância dentro do laboratório junto com meu pai. Eu estudava no Instituto Calomeni, no Jardim São Benedito, e, quando acabava a aula, ia para o laboratório. Já nessa época, meu pai me mostrava as lâminas com amostras de sangue e explicava cada processo. Existia até uma máquina de escrever, onde eram digitados os resultados e ia aprendendo sobre as análises ali realizadas”, diz Dr. Carlos. “O laboratório funcionava nos altos da Farmácia Arlindo, mas, depois, mudou-se para a Rua Lacerda Sobrinho, onde construiu um espaço moderníssimo para a época. Eu ficava admirado com a obra e meu pai tinha prazer em mostrar aquilo tudo, pois ele sempre foi pioneiro e progressista. Tudo o que ele vislumbrava como progresso, buscava implantar no laboratório”.
Dr. Carlos Bacelar é diretor do Laboratório Plínio Bacelar, cliente número 01 do Mania de Saúde, sendo o parceiro mais longevo do jornal
Tendo acompanhado os primórdios da empresa, quando tudo era feito de forma manual, Dr. Carlos lembra como a chegada da tecnologia modificou o trabalho do laboratório. “Fiz faculdade de Ciências Biológicas no Rio de Janeiro e, no início de 1970, voltei para Campos. Foi uma época muito marcada pela chegada de novidades tecnológicas ao país, como a TV em cores, a popularização do telefone interurbano, entre outras inovações. Mas a maior delas ocorreu em 1974, quando fui ao Congresso Brasileiro de Análises Clínicas, em Porto Alegre-RS, onde vi um contador de glóbulos. Naquela época, havia o laboratório Bronstein, no Rio de Janeiro, onde eu fazia estágio. Hoje, ele integra o grupo DASA, que é a maior rede de laboratórios da América Latina. Eu me espelhava muito no Bronstein, porque lá havia tudo que era novidade, e trazia para Campos. Foi assim que fizemos, naquela época, uma importação direta do equipamento, através da Coulter Electronics. Trouxemos para Campos e aquilo revolucionou parte da hematologia. Foi o primeiro grande avanço tecnológico da nossa história”, recorda Dr. Carlos.
A chegada da informática, no início dos anos 1980, foi outro momento marcante para o laboratório. “Lembro-me, por exemplo, da nossa faturadora elétrica com chip, onde digitávamos todos os nossos exames, sendo uma grande novidade para a época. A informática logo se consolidou, o laboratório foi crescendo, os convênios também, a clientela aumentou e outros aparelhos surgiram no mercado, cumprindo mais funções. É assim até hoje. Chegamos à automatização total do laboratório, que aprimorou em muito os nossos processos”, destaca o diretor, não escondendo o orgulho de todo esse trabalho. “Hoje temos cerca de 150 funcionários, sem contar os indiretos, além de possuirmos as mesmas tecnologias presentes nos EUA e na Europa, sempre em busca da qualidade. Já chegamos à terceira geração da família no laboratório e é muito gratificante olhar para trás. Ver toda essa história nos faz notar que, de fato, tudo valeu a pena”, finaliza Dr. Carlos Bacelar.
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