A dependência química já é considerada um dos maiores problemas de saúde pública da atualidade. Basta lembrar que ela é responsável por mais de meio milhão de mortes em todo o mundo a cada ano, de acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), que reconhece a dependência química como uma doença crônica, progressiva, que piora com o uso e o decorrer do tempo. A situação é ainda mais preocupante se observarmos o contexto da pandemia do novo coronavírus, onde se intensificou o consumo das mais diferentes substâncias, gerando um impacto ainda maior à vida das pessoas.
A boa notícia é que, na área da saúde, existem diversos profissionais capacitados e dedicados a combater o problema. Um exemplo, em nossa região, é a clínica Vila Verde, que inaugura em maio a sua segunda unidade, voltada para o tratamento da dependência química. Quem nos fala sobre o assunto são os médicos psiquiatras Dr. Cláudio Teixeira, Dra. Lana Maria, Dr. Maurício Escocard, Dr. Gabriel Escocard e Dra. Gabriela Dal Molin, que compõem o corpo clínico da Vila Verde e destacam a chegada do novo serviço à região.
“A gente está abrindo a nossa segunda clínica, uma residência terapêutica em dependência química, que é algo totalmente novo na cidade e na região. Ela vem agregar ainda mais ao trabalho da Vila Verde, cuja primeira unidade, o hospital dia, vem funcionando muito bem, de 8h às 17h, de segunda a sexta, trabalhado com todos os planos de saúde. Hoje, por exemplo, são mais de 110 pacientes ativos na clínica, com diversos grupos terapêuticos, cinco psiquiatras, mais de cinco psicólogos, dois assistentes sociais, terapeuta em dependência química, enfim, toda uma equipe multidisciplinar para atender à demanda dos pacientes na área de saúde mental em nossa região”, afirmam os médicos. “Com o sucesso desse trabalho, surgiu a ideia de abrir a nossa segunda unidade, chamada de residência terapêutica, com foco em dependência química, voltada para o público masculino. Trata-se de uma casa totalmente reformada e elaborada com muito cuidado pela nossa equipe, dispondo de 15 leitos. Sendo assim, 15 pacientes poderão usufruir de uma moradia assistida, com sala, sala multimídia, piscina, sauna, horta, enfim, toda uma infraestrutura elaborada para recebê-los com total conforto. A ideia é complementar o trabalho da nossa primeira unidade, que vem abrangendo não só o público de Campos, mas de toda a região”, acrescentaram.
Os médicos lembram, também, a importância de se atentar para a dependência química, que vem se alastrando no mundo de hoje. “É importante salientar que a dependência química é uma doença, com uma prevalência muito alta na sociedade. Nessa pandemia, inclusive, houve um aumento significativo no uso tanto de substâncias ilícitas, quanto lícitas. Um exemplo é o álcool, que também é uma dependência química, além do consumo de outras substâncias, como maconha e cocaína. Esse é um problema que vem crescendo muito e necessita de tratamento. Mas ele não é fácil. É preciso uma série de profissionais capacitados e toda uma equipe multidisciplinar para tratar a dependência química. É isso o que a gente tem para oferecer na Vila Verde, que já presta esse atendimento na primeira unidade e, agora, irá expandi-lo, por meio da nova clínica”, apontam os médicos, lembrando também da parceria com a Vila Verde em Juiz de Fora (MG), que oferece toda uma estrutura de apoio, dependendo da necessidade de cada paciente.
Esse trabalho, contudo, não termina aí. “Em maio, vamos estar abrindo as portas da nova unidade, com todo o tratamento para a dependência química. Mas, inaugurando a Unidade II, a gente já está com o projeto da Unidade III. A proposta é, até 2025, expandir ainda mais o nosso trabalho em Campos e região. Por isso estamos cada vez mais nos atualizando, a fim de contemplar o município com o que tem de mais moderno em termos de saúde mental, visando sempre um atendimento de excelência ao paciente, que é o grande objetivo da Vila Verde”.