Parabéns, Campos!

Parabéns, Campos!

As terras dos índios Goitacazes começaram a ser colonizadas pelos portugueses em 1627, com a chegada dos “sete capitães”. Pertenceu à capitania de São Tomé e se tornou, cinquenta anos depois, no dia 29 de maio, a vila de São Salvador dos Campos. Em 1833, foi criada a Comarca de Campos e, em 28 de março de 1835, a vila foi elevada à categoria de cidade, com o nome de Campos dos Goytacazes, dando início ao progresso na região. Atualmente, é o maior município fluminense em extensão territorial, e o sexto maior do Brasil, com área aproximada de 4.032 quilômetros quadrados. O mar de Campos detém as maiores reservas de gás natural e petróleo do país, onde a Bacia de Campos é a principal área petrolífera explorada no território brasileiro.

Atualmente, a cidade conta com diversos atrativos e vem se desenvolvendo em diversos setores, como cerâmica, pesca e agricultura. Na culinária, além da cachaça e da goiabada cascão, o suspiro e o chuvisco são famosos em toda a região. Além disso, a cidade possui prédios históricos que mostram claramente a sua tradição cultural, como o Museu Histórico de Campos, o Arquivo Público Municipal, o Teatro Municipal Trianon e a Casa de Cultura Villa Maria, entre outros. A história de Campos é rica, fascinante e cheia dos mais diversos e importantes acontecimentos. A Guerra do Paraguai, por exemplo, com a partida dos primeiros voluntários, em 28 de janeiro de 1865, pelo vapor Ceres. O movimento do abolicionismo também encontrou eco em Campos. A campanha abolicionista teve seu ponto alto em 17 de julho de 1881, com a fundação da Sociedade Campista Emancipadora, que propagava a luta pela emancipação dos negros, tendo, na pessoa do jornalista Luiz Carlos de Lacerda, o seu maior expoente. Não se falando do grande vulto José Carlos do Patrocínio, conhecido como Tigre da Abolição. As visitas do imperador D. Pedro II e a luta republicana foram outros marcos da história de Campos, assim como o início da indústria do açúcar e a descoberta de petróleo na bacia sedimentar campista, a 80 quilômetros da costa. O surgimento, em 1652, da agroindústria açucareira, com a instalação do primeiro engenho em Campos, hoje em fase difícil, dava início ao progresso na nossa região. Mas a descoberta oficial do petróleo veio reativar o desenvolvimento do município.

O desenvolvimento recente, embora ainda ligado à indústria canavieira, se direciona em outros rumos, favorecido pelo surgimento de pequenas empresas, como as indústrias cerâmicas, da ampliação do setor comercial e de serviços, para o qual também contribuiu a atividade petrolífera na plataforma continental. Atualmente, a cidade possui uma rede de serviços completa, com diversos bancos, hotéis, restaurantes, escolas, clínicas, etc. Transformou-se em polo universitário, após a instalação da Universidade Estadual do Norte Fluminense (UENF), com universidades e faculdades dos mais variados cursos.