O penúltimo mês do ano foi escolhido para lembrar a importância da prevenção do câncer de próstata. O movimento Novembro Azul teve origem em 2003, na Austrália, com o objetivo de chamar a atenção para a prevenção e o diagnóstico precoce de doenças que atingem a população masculina.
O Hospital Geral ProntoCardio, através do seu setor de urologia, apoia esta campanha. Conversamos com o médico urologista Dr. João Ernesto Aldred Pinto Filho, que explica mais sobre a doença e como ela se manifesta. “A próstata é uma glândula do aparelho reprodutor masculino que se localiza na frente do reto e abaixo da bexiga, tendo como função proteger e nutrir os espermatozoides. Depois do câncer de pele não melanoma é o câncer mais comum entre os homens, sendo uma grande preocupação de saúde pública, principalmente nos países desenvolvidos, devido à maior proporção de homens idosos. No Brasil foram registrados mais de 65 mil casos no último ano. Os principais fatores de risco são: idade superior a 50 anos, histórico de pai ou irmãos com câncer de próstata antes dos 60 anos, alimentação com excesso de gordura animal, exposição a alguns agentes químicos e agrotóxicos. Sobre sinais e sintomas: pode ser bastante silencioso no início, mas com sua evolução tende a causar dificuldade para urinar, necessidade de acordar várias vezes durante a noite e, nas fases avançadas, dor óssea e até insuficiência renal”, alertou o médico.
Mas então, como se prevenir? Dr. João Ernesto responde. “Praticar atividades físicas regularmente, evitando sedentarismo, não fumar, evitar consumo de gordura de origem animal e exposição a agentes como arsênio e aminas aromáticas. Sobre o diagnóstico, a doença pode ser silenciosa na fase inicial, mas pode ser identificada com a combinação de dois exames. A dosagem do PSA que é feita com um exame de sangue que avalia a quantidade do antígeno prostático e o toque retal, exame que permite ao médico palpar a próstata e avaliar presença de nódulos ou tecidos endurecidos. Nenhum deles possui o diagnóstico exato, sendo necessário exames confirmatórios como a biópsia. O tratamento deve ser escolhido pelo seu médico após discutirem os riscos e benefícios de cada procedimento e pode envolver cirurgia, radioterapia e tratamento medicamentoso”, finalizou.
