O melhor médico é aquele que mais esperança inspira”. A célebre frase do poeta inglês Samuel Taylor Coleridge detalha, com nitidez, todo o humanismo que perpassa sua obra. Mas ela serve, também, para retratar um dos maiores atributos da medicina: a empatia para com o outro. É ela, aliás, a base da chamada humanização da medicina, que, nos últimos anos, vem sendo tão debatida na sociedade, frente aos mais diversos desafios da área da saúde.
Médica ginecologista, especialista em Vídeo Colposcopia, Doutora em Ginecologia pela Unicamp e Coordenadora do curso de Medicina da UniRedentor/Afya, Dra. Renata Gontijo conhece muito bem essa realidade. Para esta edição do Dia do Médico, ela fala sobre a relevância do curso, que já formou alunos das mais diversas idades e regiões do país, oferecendo uma formação mais humanista e de maior resolutividade, com ênfase na atenção primária. Ela explica como a humanização vem sendo trabalhada junto aos alunos.
“Durante a graduação de Medicina, os estudantes recebem não somente conhecimento e habilidades técnicas, mas também aprendem valores, atitudes e comportamentos profissionais. Nesse processo, eles vão aprendendo a real dimensão do papel do médico em nosso meio social. Nosso curso enfatiza, desde seus períodos iniciais, a humanização da Medicina. O atendimento médico com conhecimento técnico e com empatia, o olhar para a pessoa doente e não para a doença. Contamos com um time de professores renomados, motivados e que amam a medicina. Esses profissionais são um diferencial em nosso curso, que acabam influenciando no processo de formação do futuro médico. São um exemplo na forma de ser médico e de atuar na profissão, e muitos alunos seguem especialidades espelhadas nos professores que viram atuando”.
Depois de ter ingressado no cargo de coordenadora em 2015 e agora já tendo formado duas turmas, com uma trajetória acadêmica repleta de conquistas, Dra. Renata afirma que o compromisso nunca mudou. “Já sabia da enorme responsabilidade que teríamos enquanto formadores de médicos, da qualidade do médico que queríamos ter. Até agora, formar essas duas turmas me mostrou que estamos no caminho certo. Esses médicos, que colocamos no mercado, para atender à população, me enchem de orgulho! Já estão atuantes, concursados, contratados, tratando as pessoas, como ensinamos. Já estou, inclusive, ouvindo os elogios em relação a eles. A sensação é de dever cumprido! Isso prova que tudo valeu a pena”.
A coordenadora deixa, por fim, uma mensagem aos colegas de profissão. “Acho que o recado que posso deixar no Dia dos Médicos é o que falei com os alunos na formatura, que vale para todos nós, médicos: temos que ser cientificamente, tecnicamente bons, mas devemos estar olhando o outro com empatia. Nós formamos médicos para cuidar e aliviar o sofrimento de uma pessoa, não de uma doença. Que nunca percamos o dom da ternura, a sutileza do olhar, o poder do toque, a capacidade de escutar o outro. Que não sejamos indiferentes à dor. Isso sim é o que dá sentido ao nosso trabalho. Parabéns a todos aqueles que escolheram essa linda profissão!”.