
No dia 13 de outubro é comemorado o Dia Nacional do Fisioterapeuta e do Terapeuta Ocupacional. Essa data foi escolhida por representar o dia da criação dessas profissões e era comemorada anualmente pela categoria, apesar de não ser reconhecida por lei. Em janeiro de 2015, no entanto, foi sancionada a Lei nº 13.084, que estabeleceu oficialmente a celebração da data em todo o território nacional.
Nossa reportagem conversou com a fisioterapeuta e proprietária da Clínica Fisio Mais, Dra. Gleicy Faria, sobre essa importante área da saúde. Ela conta como a profissão se apresentou em sua vida. “Eu escolhi a fisioterapia por causa do meu pai. Quando eu tinha por volta de 20 anos, ainda não sabia o que queria fazer. Eram muitas dúvidas, e meu pai sofreu um AVC. Então, eu o acompanhava em todas as sessões de fisioterapia e acabei me apaixonando pela profissão. Fiz a faculdade e depois me especializei em Oncologia, Traumato-Ortopedia e Fisioterapia Respiratória, que hoje é o que eu mais gosto de fazer. Neste período de pandemia, inclusive, estamos trabalhando bastante e vendo o quanto a nossa profissão cresceu”, disse ela.
Diante dessa trajetória, perguntamos à fisioterapeuta se, nos seus 16 anos de carreira, algum caso de paciente lhe marcou mais. “Tenho um paciente que está comigo há exatos 16 anos, desde que me formei. Ele teve alta do hospital, comecei a cuidar dele e estamos até hoje. É um paciente que, para mim, é como se fosse um segundo pai. Atualmente, ele está há dois meses e meio na UTI, mas é uma pessoa que a gente vê que quer muito viver. Ele está lutando bastante. Estamos esperando a saída para voltar a tratar dele. É um paciente que eu gosto muito de cuidar, pois vejo que ele quer melhorar. Mas, assim como ele, tem vários outros casos que me marcaram bastante”, aponta.
Dra. Gleicy comenta também sobre o mercado de trabalho para a área da fisioterapia. “Hoje somos uma das categorias de profissionais mais requisitadas. Um bom médico, por exemplo, nunca vai tomar a decisão de realizar uma cirurgia se ele percebe que, com a fisioterapia, o paciente pode melhorar. A área da fisioterapia respiratória expandiu bastante, assim como a uroginecológica e a fisioterapia pélvica. Antes de fazer qualquer procedimento invasivo, os médicos pedem para que o paciente tente a fisioterapia”, lembra Dra. Gleicy.
Ela destaca, por fim, o que a deixa mais realizada na profissão. “Acho que é ver o quanto nós temos sido essenciais para a recuperação dos pacientes, ainda mais agora, com a Covid-19, o tratamento de fisioterapia respiratória tem sido fundamental. Ver a pessoa recuperada é muito bom. Sempre digo que qualquer profissão deve ser feita porque você gosta muito daquilo. É preciso ter um olhar diferenciado, perceber que a nossa profissão é para ajudar o próximo. É um campo muito amplo, com inúmeras possibilidades. É preciso que o profissional nunca pare de estudar, pois a área da saúde está em constante evolução. E, para finalizar, gostaria de dizer a todos os meus colegas que a nossa profissão é muito bonita e recompensadora. Gostaria de parabenizar a todos os fisioterapeutas por serem os profissionais que ajudam a recuperar os pacientes”.