Obrigado, MESTRES!

Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para sua própria produção ou a sua construção”. A frase é do patrono da educação brasileira, Paulo Freire, que, em 2021, completaria 100 anos. Todos nós lembramos de algum professor que tenha impactado a nossa vida de maneira profunda, desde a alfabetização até à universidade, não é mesmo? Neste mês em que comemoramos o Dia do Professor, fomos até o Colégio Centro de Estudos – Sistema PH de Ensino para ouvir alguns destes profissionais, tão essenciais para o mundo em que vivemos.

Márcia Helena de Sá é professora de Língua Portuguesa para as turmas de 4º ano do Ensino Fundamental – Anos Iniciais e de Práticas de Leitura e Escrita para as turmas do 6º e 7º anos do Ensino Fundamental – Anos Finais e diz: “Quando se é criança, os adultos te indagam: ‘o que você quer ser quando crescer?’. Mas, na época, ser professora não passava pela minha mente. Talvez porque não se escolhe o magistério. Ele é que te escolhe. Você só tem a dimensão do que é ser professor vivendo plenamente a profissão. Foi exatamente assim que descobri que não poderia fazer outra coisa na minha vida. Pelo brilho no olhar e o sorriso no rosto de cada vida transformada pelo poder do conhecimento. O ‘ser professor’ também carrega muitos desafios consigo. Vejo que a profissional que eu sou hoje não é a mesma de uma semana atrás, por exemplo. A gente se renova a cada dia. Aprende e traz algo novo. O aprendizado precisa ser significativo. É uma troca diária. Não há prazer maior do que conseguir deixar uma marca positiva na vida de cada aluno. Como diz a grande escritora Cora Coralina, ‘Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina’”.

Mateus Vidal, professor de História do Colégio Centro de Estudos, também dá o seu depoimento: “Provavelmente o maior dia dos professores! Sou professor do ensino médio, fundamental, enfim, professor. Fui chamado para o sacerdócio (ser professor é um chamado) no fim do ensino médio, sou de uma família de professores e a escolha pareceu natural. Ser professor em qualquer época é desafiante, estimulador, é luta! Mas nestes dois últimos anos… Eu e meus amigos fomos para um universo novo, fones, webcam, microfone, ‘Estão me ouvindo? O áudio está bom? Está travando?’. Perguntas que ficaram usuais. Porém, essa profissão, meus amigos, é uma metamorfose ambulante, como já dizia o poeta Raul Seixas. Nos organizamos, nossa sala virou estúdio, celular virou multifuncional. Pedimos ajuda aos coordenadores, alunos para resolver problemas que ocorriam, estávamos dentro da casa de todos. Que bom que essa profissão consegue lutar e resistir nessas adversidades. Que essa profissão maravilhosa possa ser valorizada como agente transformador da sociedade. Fica a minha homenagem a essa profissão e meu agradecimento por ter sido acolhido, ou melhor, escolhido por ela”.

A professora de Língua Portuguesa e Práticas de Leitura e Escrita, Márcia Helena de Sá
O professor de História Mateus Vidal