Quem pensa em incluir peixe e frutos do mar no cardápio geralmente fica em dúvida sobre qual produto escolher. Mas existe um caminho que a maioria das pessoas encontra para facilitar esse processo: o filé. Resta saber, no entanto, a forma correta de prepará-lo, quais os peixes mais adequados para essa finalidade e, sobretudo, onde seria melhor adquiri-los. Para responder a estas questões, ouvimos o empresário Celso Manhães, proprietário da Peixaria Vilamar, que é referência na área para toda a região.
Segundo ele, muitas características envolvem a escolha do peixe. “Quando se fala em filé, a variedade é enorme, pois cada peixe tem um sabor específico. São centenas de tipos de filés de peixe. Sendo que há uma preferência maior por aqueles filés sem espinha, que realmente o consumidor pode fazer. Hoje, inclusive, a gente encontra alguns filés que não têm espinha nenhuma, pois são peixes de cartilagem, como o cação, que tem esse privilégio. Mas não seria o ideal. O filé ideal é um filé de pescada, linguado, tilápia, pois são de maior qualidade e sabores melhores”, diz Celso. “De todos eles, nós temos filé de baiacu e filé de traíra, um peixe de muita espinha, mas que se faz um bom filé e fica sem espinha alguma. Eu poderia enumerar muitos outros. Mas os mais consumidos na nossa região são o filé de pescada, pescadinha, linguado, peroá, tilápia e cação”, disse.
Na hora de escolher o peixe, segundo Celso, é preciso tomar alguns cuidados. “Para a escolha de um filé, visualmente, você pode sempre observar o brilho, a qualidade e a textura dele, dando preferência ao mais clarinho. Mas a escolha de um filé também está na escolha da sua peixaria de confiança, do estabelecimento que tenha um rigor de qualidade e de higiene. Isso é o mais importante. E, de preferência, optar pelos filés frescos, nunca comprar congelado, porque este não tem o mesmo sabor de um filé feito naquela hora, naquele dia. É fundamental observar a qualidade dos filés e a procedência deles”, afirma o empresário. “Isso é importante porque o peixe fresco, de fato, tem outro sabor. Se você comprar um filé de linguado congelado e um filé de linguado fresco, por exemplo, é totalmente diferente. Tilápia é a mesma coisa. Sempre que for escolher, então, deve-se optar pelo filé de peixe fresco, não congelado”.
Celso prossegue destacando a variedade dos filés e dá algumas dicas para fazê-los. “Há vários outros tipos de filé, como o filé de badejo, de cherne, de cação viola, de cioba, entre muitos outros peixes que, em cada região, possuem um nome diferente. Existe, por exemplo, peixes como budião, peixe-sapo, tamboril, marlim, prejereba, anchova etc. Outro exemplo é o filé de pargo, que fica excelente. Então, você pode pegar praticamente muitos tipos de peixe e fazer o filé dele, sempre dando preferência ao peixe fresco. O peixe congelado deve ser em último caso. Às vezes você tem que congelar porque não vai consumir aquele filé todo. Mas o ideal é estar sempre comprando o peixe fresco. Ele pode ser feito grelhado, frito, em cubinhos, dentre outras formas, porque há uma imensidão de maneiras de fazê-lo. O mais recomendado seria ele grelhado. É o mais saudável. Sem gordura e sem óleo. Mas sempre de acordo com o gosto do consumidor”.