Dia dos Pais

Dr. Paulo Romano celebrando a chegada de mais um membro da família

“A admiração e orgulho que sinto pelo meu pai vem desde pequeno, quando ouvia dos pacientes e das pessoas ao redor somente palavras de gratidão e elogios, de pessoas que mal o conheciam a outros do convívio diário, sempre tratando a todos de forma igual e nunca renegando suas origens humildes. Meu sonho sempre foi trabalhar ao seu lado e só tenho a agradecer por todo o aprendizado de vida e profissional, a base para tornar uma pessoa melhor a cada dia. Te amo, pai! Um feliz dia dos pais e o primeiro como vovô!”

Dr. Ramon Romano

Para celebrar a data tão especial para as famílias, ouvimos o Dr. Paulo Romano, cuja paixão pela medicina atravessa gerações

A paternidade traz muitas alegrias aos homens, mas também muitas responsabilidades. Criar uma pessoa, fazer dela um cidadão com princípios e realizado em sua profissão requer muitas escolhas ao longo dos anos. E assim foi com o médico neurocirurgião Dr. Paulo Romano, que tem três filhos médicos: Dr. Ramon Romano, Dr. Douglas Romano e a Dra. Paula Romano. Em entrevista ao Mania de Saúde, ele conta um pouco dessa jornada. “Eu acho que todo profissional que gosta do que faz, sonha em transbordar a alegria de exercer aquele ofício. Em uma família que convive bem, isso contagia. E existem coisas que vão além do seu controle. O primeiro filho acaba sendo quem mais recebe esse impacto. Certamente isso aconteceu com o Ramon. Quando ele tinha entre 10 e 12 anos, ele passou a vir ao consultório para fazer um trabalho remunerado nas férias escolares. Algo que é muito comum nos Estados Unidos: o adolescente não tem uma mesada simplesmente. Ele vai exercendo pequenas tarefas e sendo recompensado por elas. Para que ele comece a compreender que o dinheiro é o retorno do trabalho. Então, no caso do Ramon, ele passou a ter um contato com os pacientes e com a saúde e com a doença”. O médico conta como foi a escolha deles. “Os três filhos decidiram fazer medicina desde muito cedo, mesmo tendo um leque de opções. E isso nunca foi imposto. Eu sempre procurei mostrar que qualquer profissão é maravilhosa, desde que você faça com prazer. O Ramon fez faculdade em Campos. Já o Douglas, sempre teve notas muito boas e fez o vestibular para Teresópolis, que era antes do de Campos. Na época, o vestibular de lá era considerado muito difícil, ele foi o único da turma que passou. E se formou lá, porque o currículo não era compatível com o de Campos. Então, ele e Ramon não tiveram tanto convívio durante a época da graduação. O Ramon começou a me acompanhar como acadêmico, com autorização do diretor do hospital, ainda no primeiro ano da faculdade, no pronto socorro do Ferreira Machado e acho que isso foi dando a ele a visão do que era a neurocirurgia. O Douglas, quando terminou, já tinha escolhido o mesmo caminho e começou a residência. E a minha filha, que se especializou em anestesia, em breve vai estar trabalhando aqui, porque eles vão montar uma clínica de dor. O Ramon está concluindo uma especialização em dor na USP e ela também, na mesma instituição. Os três vão trabalhar juntos aqui comigo”. Olhando para trás, Dr. Paulo afirma que uma palavra define. “Felicidade. Consciência leve. Porque, se você tem três filhos na sua profissão, você tem o dever cumprido, mas será que a sua consciência está leve? Eu diria que acertei mais nas escolhas do que errei. Claro que algumas coisas eu faria diferente, mas essa base de cobranças e de deixar que a responsabilidade pesasse sobre eles, eu manteria. Esse é o verdadeiro objetivo dos pais: ensinar a responsabilidade e o compromisso”.