Um tipo especial de QUEDA DE CABELO

Dra. Ana Maria Pellegrini
CRM: 5253066-0
RQE: 04430

“Minha testa está aumentando” e “Perdi minhas sobrancelhas” são as queixas mais comuns dos pacientes que procuram dermatologistas com um tipo relativamente novo de queda dos fios: a alopecia fibrosante frontal (AFF), cuja incidência tem aumentado muito nos últimos anos. De causa ainda desconhecida, ela é mais comum em pacientes pós-menopausa. Descrita pela primeira vez em 1994, tem sido cada vez mais frequente em mulheres em idade fértil e homens, embora permaneça mais frequente nas mulheres, com média de idade de 66 anos. O principal sintoma é a perda progressiva dos fios na chamada linha de implantação do couro cabeludo. Porém, alguns casos podem apresentar dor, ardência e coceira, normalmente associados a uma evolução mais rápida da doença. Outras queixas associadas são a rarefação dos pelos das sobrancelhas e de outras regiões do corpo, além do surgimento de pápulas (pequenas bolinhas) e manchas no rosto. O diagnóstico precoce é fundamental, pois trata-se de um tipo de alopecia que forma cicatriz e, quando isso acontece, o folículo morre e o cabelo não volta a crescer. Ele é feito através do exame físico e, principalmente, por meio de métodos de imagem, como a tricoscopia digital e biópsia da pele do couro cabeludo. Uma vez confirmada a doença, o tratamento pode envolver lasers, injeções de medicamentos diretamente no couro cabeludo, medicações tópicas e orais. Os protocolos são individualizados e variam de paciente para paciente. O objetivo principal é reduzir a inflamação, evitar a progressão da doença, melhorar a qualidade de vida do paciente e diminuir as sequelas.